A casa de Fabrício foi atingida pelos escombrosArquivo Pessoal
"Ainda estou desnorteado, só torci o pé na hora da correria porque foi uma coisa louca. Só vi as crianças pedindo ajuda, muita gente pedindo ajuda, e eu sem poder fazer nada em estado de choque", contou.
Ao DIA, Fabrício revelou ainda que o susto foi tão grande que a única coisa que conseguiu fazer foi sair correndo de casa.
"Só lembro que eu tinha ido levar minha namorada em casa e quando eu voltei, não sei se eu deitei, se eu estava em pé fazendo alguma coisa, não lembro, porque foi tudo muito rápido. Só vi que desmoronou e foi caindo para dentro da minha casa, e eu pulei tudo, madeira, sofá, torci o pé um pouco e consegui chegar lá fora", disse.
O jovem relatou também que a casa que desabou estava cheia. "Quando cheguei lá fora, as crianças já estavam lá embaixo e o pessoal começou a vir resgatar, um ajudando o outro. A casa deles estava cheia, tinha mais de 10 pessoas lá dentro", contou.
Após a interdição dos imóveis, Fabrício precisou ir para a casa do irmão. "Eu não sei como a minha também não desabou, foi Deus mesmo. Na hora estava chovendo, mas foi muito rápido. Desmoronou e quebrou vidro, já jogou fogão, bujão, todas as coisas da cozinha, só sei que quando consegui abrir a porta parei só lá no beco", finalizou.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, equipes do quartel de Irajá estiveram na Rua Maturá, altura do número 211, às 20h30, mas os feridos já haviam sido socorridos.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, seis das vítimas receberam alta ainda durante a noite. Enquanto as outras cinco foram transferidas para outros hospitais da rede e têm quadros estáveis.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.