Gerente contábil Diely da Silva Maia, de 32 anos, estava aproveitando as férias no Rio de JaneiroReprodução/Redes sociais
Rio - A Polícia Civil identificou o autor dos disparos que mataram Diely da Silva Maia, de 32 anos. A mulher foi morta ao entrar por engano na comunidade do Fontela, em Vargem Pequena, na Zona Oeste, na noite do último sábado (28), em um carro de aplicativo.
A gerente contábil não resistiu aos ferimentos e morreu na hora, antes da chegada do Corpo de Bombeiros. O veículo em que ela estava foi alvejado por criminosos.
Segundo a Civil, após uma operação nas comunidades do Fontela e Coroado, realizada nesta segunda-feira (30), os agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) conseguiram identificar um adolescente de 16 anos como o autor dos disparos.
O corpo de Diely foi enterrado nesta terça-feira (31), no Cemitério Memorial de Candiba, na Bahia, sua cidade natal. O velório aconteceu na residência da mulher e começou na noite de segunda-feira (30).
Investigações constataram que traficantes do Comando Vermelho, que exploram a localidade, estabeleceram a norma de que os motoristas que trafegam por ali devem estar com vidros abaixados, luz interna acesa e alerta ligado. Essa ordem foi imposta com o objetivo de se protegerem de uma possível investida de traficantes de facção rival.
No dia do crime, o motorista do veículo em que Diely estava, que não é do município do Rio e não conhece a localidade, tentou acessar a avenida Benvindo de Novaes por meio da comunidade do Fontela.
O adolescente, apontado como um dos responsáveis pela segurança da facção, ao perceber a aproximação do automóvel com vidros fechados e sem alerta acionado, efetuou disparos contra o veículo, acertando o pescoço da turista e as costas do motorista, Anderson Sales Pinheiro, de 34 anos.
Anderson ficou ferido, foi socorrido e encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Ele passa bem e já recebeu alta.
Após o crime, segundo informações da polícia, o adolescente fugiu para o complexo da Penha, onde foi acolhido pela liderança da facção. Contra ele, já há um mandado de busca e apreensão pela prática de atos infracionais anteriores. As investigações seguem para apurar a participação de outros indivíduos.
Diely morava em Jundiaí, São Paulo. A família disse que ela iria passar o Réveillon com amigas no Rio de Janeiro. Após um dia na praia, a vítima pegou um carro de aplicativo, quando o desvio acidental da rota aconteceu. A comunidade do Fontela fica ao lado da estrada Benvindo de Novaes.
"Infelizmente, os disparos foram feitos e ela faleceu na hora. Nossa família entrou para a estatística trágica de mortos pela criminalidade do Rio de Janeiro", lamentou um familiar ao DIA.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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