A suspeita se entregou ontem, na sede da 1ª DP (Praça Mauá)Divulgação
Acusada de tentar matar a própria filha a facadas na noite de Natal é presa
Segundo as investigações, Francisca Camomilina Lopes de Souza deu dois golpes de faca no tórax da menina, de 12 anos, depois de uma discussão
Rio - Francisca Camomilina Lopes de Souza, acusada de tentar matar a própria filha, de 12 anos, a facadas na noite de Natal, foi presa, nesta sexta-feira (3). Ela compareceu junto com o advogado na 1ª DP (Praça Mauá) após saber que estava sendo procurada pela polícia em endereços de familiares e amigos.
Segundo a Polícia Civil, Francisca procurou a delegacia que investigava o caso com o objetivo de prestar esclarecimentos, mas, como havia um mandado de prisão preventiva em aberto, expedido pela 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Criança e Adolescente da Capital, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ), a prisão foi realizada.
De acordo com as investigações, a mãe teve uma discussão com a filha na noite do dia 25 de dezembro e, durante a briga, deu duas facadas no tórax da menina. A vítima foi socorrida e levada a um hospital, onde passou por uma drenagem nos pulmões e segue sob cuidados médicos.
A Polícia Civil informou que, após o crime, a mulher fugiu e passou a se esconder em diversos pontos do Rio. No dia 26 de dezembro, a juíza Nathalia Calil Miguel Magluta decretou a prisão preventiva da suspeita pelo crime de tentativa de homicídio.
"A genitora, após o cometimento das lesões contra sua filha, evadiu-se do local, sequer acionando o socorro. Depois, em contato telefônico com o genitor que se encontrava no Hospital, recusou-se a visitar a menor no local e a comparecer perante a autoridade policial, conforme se depreende do depoimento colhido. Tais elementos, somados à fortíssima probabilidade de autoria do delito, indiciam a presença dos demais requisitos cautelares à prisão preventiva requerida pela autoridade policial e pelo Ministério Público", escreveu a magistrada.
Além da prisão, Magluta também expediu medidas protetivas contra Francisca: proibição de aproximação da filha, de seus familiares, de testemunhas, de notificantes ou denunciantes em até 300 metros; proibição de contato com o grupo; e afastamento do lar onde morava com a filha.
A reportagem ainda não localizou a defesa da suspeita. O espaço está aberto para manifestação.
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