Consórcio Rio Barcas é o novo operador do transporte aquaviário do estadoPedro Teixeira/ Agência O Dia

Rio - O governador Cláudio Castro assinou, na manhã desta sexta-feira (10), o contrato com o Consórcio Rio Barcas, vencedor da licitação que definiu o novo operador do transporte aquaviário do estado. O termo foi firmado no Palácio Guanabara, Zona Sul do Rio.

A transição entre a atual concessionária CCR Barcas e a futura operadora, constituída por quatro empresas, se inicia nesta sexta-feira. A nova operação começa em 11 de fevereiro.

"A primeira mudança para os passageiros parece simples, mas é importante: garantir que o serviço não vai parar no fim do acordo com a CCR Barcas. A partir daí, a melhoria do sistema vai depender do processo de transição. Dentro desses 30 dias, o consórcio vai conversar com Governo do Estado para entender as melhorias necessárias", afirmou Cláudio Castro.

Neste primeiro momento, não haverá mudanças nas linhas, nas grades de horários ou na tarifa do modal. Mas, o novo modelo de concessão determina que o governo, e não a concessionária, realize as alterações necessárias.

O objetivo do governo é, a partir dos dados de demandas dos passageiros, tornar o sistema mais inteligente, inaugurando novas linhas.

"É uma mudança de modelo. Agora eles são contratados para operar por milhas náuticas. O estado tem o domínio total e usa o recurso arrecadado nas passagens para remanejar a empresa para suprir os horários deficitários e criar outros roteiros que são demandas históricas", explicou o governador.

O presidente da BK Consultoria, que lidera o consórcio, Pierre Orfali, afirmou que a mão de obra do modal será mantida.

"A gente se preocupa muito com governança. A ideia é aproveitar a mão de obra da CCR e buscar mais qualidade no serviço", declarou.
A empresa tem experiência em transporte aquaviário e opera oito travessias no Estado de São Paulo, inclusive Guarujá -Santos.

Uma das principais alterações da nova modelagem é que o contrato será por Prestação de Serviço. Com isso, o Governo do Estado será responsável pela fiscalização, pagamento e definição de investimentos futuros.

A receita da tarifa paga pelo passageiro passará a ser do Governo do Estado e será utilizada para pagamento de parte do valor do contrato. Além disso, o Governo terá liberdade para ajustar a grade horária de viagens e o valor da passagem, o que ainda não tem previsão de acontecer.

Outra novidade é que o novo operador será remunerado com base na quantidade de milhas náuticas determinadas a partir da grade atual, ao invés da tarifa paga pelo usuário. O valor de cada milha náutica é de R$ 1.446,40.