Carnes estragadas foram vendidas para diversas empresasDivulgação
Justiça mantém prisão de suspeitos de vender carne estragada submersa em enchentes
Grupo é acusado de lucrar mais de 1.000% ao revender 800 toneladas de carne imprópria
Rio - A Justiça do Rio converteu em preventiva, nesta sexta-feira (24), a prisão de quatro suspeitos de comercializar carne bovina imprópria para consumo. O alimento, submerso durante as enchentes que atingiram Porto Alegre em 2024, teria sido revendido com lucro exorbitante e maquiado para esconder a deterioração. Os suspeitos foram detidos na última quarta-feira (22) pela Delegacia do Consumidor (Decon).
De acordo com as investigações, o grupo adquiriu a carne por R$ 0,97 o quilo, um produto que no mercado regular valia R$ 700. Em seguida, revendiam o alimento a outras empresas, obtendo um lucro superior a 1.000%. Entre os presos estão Almir Jorge Luís da Silva e Altamir Jorge Luís da Silva, sócios da empresa Tem Di Tudo Salvados, além de José Luís da Silva de Castro e Sílio José Marino.
O grupo é acusado de ter vendido 800 toneladas do alimento. De acordo com as investigações, que contaram com o apoio da Decon do Rio Grande do Sul, no período de maio a junho do ano passado, os sócios do estabelecimento compraram as carnes, que ficaram por muitos dias debaixo d’água, alegando intenção de fabricação de ração animal.
Além das prisões, a operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão em locais vinculados aos suspeitos. O grupo pode responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com implicações em nível nacional.
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