Carlos Antônio da Silva estava internado no Hospital Municipalizado Adão Pereira NunesArquivo Pessoal

Rio - O motorista de aplicativo Carlos Antônio Floriano da Silva, de 35 anos, que foi baleado após entregar uma cesta básica para os filhos na casa da ex-mulher, morreu neste sábado (1º). Ele estava internado há uma semana no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
De acordo com a Prefeitura de Caxias, o homem vinha mantendo o quadro gravíssimo, entubado e em leito no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Neste sábado, o paciente teve uma parada cardiorrespiratória. Mesmo sendo realizada manobras de reanimação, a vítima não resistiu.
Carlos chegou no HMAPN no último sábado (25), transferido do Hospital de Magé. O motorista foi baleado no abdômen e teve lesões gástricas, de cólon e no pâncreas.
Segundo a família da vítima, o autor do crime é o atual namorado da ex-mulher de Carlos. Ao DIA, Camila Castorino, prima do motorista, contou que o primo foi levar uma cesta básica para os quatros filhos na casa da antiga companheira, em Magé, também na Baixada. De acordo com a parente, o suspeito recebeu Carlos em sua casa com xingamentos e houve uma breve discussão. O motorista deixou as cestas e começou a ir embora. Contudo, o autor teria o seguido até o meio da rua e estendido a mão fingindo que ia pedir desculpas. Foi neste momento que ele atirou.
"Meu primo conseguiu correr um bom pedaço até onde foi socorrido. Esse homem queria finalizar e matar ele, mas as pessoas do local o socorreram. Carlos é trabalhador. Nunca deixou de levar as coisas pro filho dele. Isso que o rapaz fez foi uma covardia. Agiu covardemente. Fingiu que ia se desculpar e atirou à queima-roupa", disse Camila.
A prima ainda destacou que o suspeito tem histórico de agressão contra uma ex-mulher e que já atirou em outra pessoa na região. Até o momento, o autor ainda não foi preso, pois não teria um mandado de prisão contra ele.
Neste sábado (1º), a cuidadora lamentou ao DIA a morte do primo. "Sentimento de incapacidade e raiva, pois meu primo não é a primeira vítima e não será a última", comentou.
A Polícia Civil informou que o caso está em andamento na 65ª DP (Magé) e que os agentes realizam diligências para esclarecer os fatos.
Ainda não há informações sobre o sepultamento de Carlos.