Lançamento da campanha contra o feminicídio ocorreu na Cidade do SambaWalterson Rosa/Ministério da Saúde

Rio – A Cidade do Samba, na Gamboa, na Zona Central, recebeu, na noite desta sexta-feira (7), o lançamento da campanha Feminicídio Zero no Carnaval do Rio de Janeiro. A iniciativa é uma parceria entre os ministérios das Mulheres e da Saúde, juntamente com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa).
Um dos objetivos da campanha é reforçar, durante os dias de folia, a divulgação da Central de Atendimento à Mulher. Os canais são o número 180 e o WhastApp (61) 9610-0180.
Outra ação é a “Feminicídio Zero - Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”. Trata-se de peças que ficarão expostas não só no Sambódromo durante os desfiles, mas em diversos lugares de muito movimento da cidade, com mensagens que destacam o Carnaval como um momento apenas de festa e não de assédio. E que combater a violência contra a mulher é papel também dos homens.
O Ministério da Saúde ressalta que a campanha busca uma comunicação popular e em larga escala, utilizando políticas públicas e engajamento de influenciadores. A ideia é manter uma agenda conjunta com o Ministério das Mulheres na luta contra o feminicídio para além do Carnaval.
Nísia Trindade, ministra da Saúde, compareceu ao evento e salientou: "Esse é um problema de todos nós. No Carnaval, que é uma festa popular, vamos marcar o nosso compromisso de combater o feminicídio".
Para reforçar o enfrentamento ao feminicídio, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, sugeriu a criação de secretarias da Mulher em estados e municípios: “Somente assim, teremos uma política de ponta a ponta nesse país. Não é possível tolerar a violência contra as mulheres".
Já Gabriel David, presidente da Liesa, mencionou as agremiações como condutoras do alerta sobre o tema: “As escolas de samba têm um potencial grande de comunicar e fazer a diferença para a sociedade. Essa mensagem não é só para o Carnaval, mas para todos os dias do ano e para o resto das nossas vidas".