Operação da Seap em cadeias do Rio mira lideranças criminosasDivulgação
Operação contra atuação do crime organizado dentro de cadeias no Rio apreende drogas e celulares
Equipes vão instalar bloqueadores móveis de sinais de telefone
Rio - A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou, nesta quarta-feira (19), uma operação contra o crime organizado dentro das cadeias do Rio. Dentre os alvos, estão lideranças das principais facções do estado. Na ação, foi realizado o bloqueio móvel do sinal de celular em unidades selecionadas.
Os agentes atuaram nos presídios Gabriel Ferreira Castilho, Benjamin de Moraes e Alfredo Trajan, em Bangu, na Zona Oeste. Nas celas, itens ilícitos foram apreendidos. As ações tiveram início na última sexta-feira (14), quando foram apreendidos 64 celulares e 1,8 Kg de drogas. Desde então, são 110 aparelhos confiscados, 2,3 Kg de entorpecentes e 39 detentos isolados.
"A Seap vem trabalhando para desarticular a rede de comunicação desses grupos criminosos, por meio da Operação Chamada Encerrada, e agora realiza a Operação Strangulatio para puxar ainda mais a rédea curta com que vem controlando todo o sistema prisional", disse Maria Rosa Lo Duca Nebel, titular da Seap.
Entre 2021 e 2024, número de visitantes presos aumentou 200%
A Operação "Strangulatio" visa combater atividades ilícitas dentro do sistema prisional fluminense. Nos últimos anos, a secretaria intensificou a fiscalização em todas as suas unidades.
De 2021 para 2024, o número de visitantes presos flagrados tentando entrar com itens não permitidos aumentou 200% (de 24 para 72). Com eles foram apreendidos em suas partes íntimas, identificados através dos scanners corporais, cerca de 25 kg de drogas. Além disso, apenas nos anos de 2023 e 2024, por meio da Operação "Chamada Encerrada", a Seap apreendeu 16 mil aparelhos celulares (10 mil em 2024 e 6 mil em 2023, aproximadamente) nas portas de entrada e no interior dos presídios.

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