Agentes da 70ª DP são os responsáveis pelas investigaçõesDivulgação
Suspeito de matar e atear fogo no corpo da namorada é preso na Região Metropolitana
Homem teria feito contato com a família da vítima alegando que ela queria regressar para a cidade natal e que a havia levado à rodoviária
Rio – Policiais da 70ª DP (Tanguá) prenderam, nesta segunda-feira (24), em Tanguá, na Região Metropolitana, um suspeito de feminicídio. De acordo com as investigações, S.A.P.S, de 42 anos, matou a namorada asfixiada e ateou fogo no corpo.
Na quarta-feira da semana passada (19), policiais militares estiveram na delegacia para informar que haviam localizado na Estrada Ribeiro de Almeida, em uma localidade chamada Tomascar, em Tanguá, um cadáver carbonizado, o que dificultou o trabalho de identificação por parte da perícia.
Na sexta (21), os agentes receberam a informação do desaparecimento de uma moradora de Itaboraí, na Região Metropolitana. Segundo familiares, que residem em Belo Horizonte (MG), N.L.A.D., de 45 anos, não dava notícias desde terça (18).
Após contato dos investigadores, os parentes vieram ao Rio de Janeiro trazendo uma carteira de identidade da desaparecida, o que foi fundamental para concluir que o corpo era da desaparecida: “Peritos do IML de Tribobó, em São Gonçalo, apesar do estado de carbonização, e com muito esforço, conseguiram coletar dois vestígios de impressões digitais. E quando foi feito o confronto com a célula de identidade da mulher, ficou identificado, cientificamente, que aquele cadáver era da pessoa desaparecida”, comentou o delegado José Luiz Silva Duarte, titular da 70ª DP.
Um fator decisivo para a prisão do agressor foi uma imagem de câmera de segurança obtida pelos investigadores. "Durante diligências no local do encontro do cadáver, conseguimos imagens de logradouros próximos. Inclusive, uma delas mostrava o que parece um carro, que é da vítima, mas estava em posse do suspeito, transitando em um horário bem próximo ao provável da ocultação do cadáver. Então concluímos que ele era suspeito", acrescentou o delegado.
Suspeito fez contato com família da vítima
Ainda de acordo com parentes de N., também na sexta (21), o suspeito fez contato perguntando se a então namorada havia chegado bem a Belo Horizonte, para onde teria decidido ir após uma discussão. O indivíduo afirmou ainda que ele próprio teria levado a mulher a uma rodoviária em Niterói, a fim de que ela embarcasse em um ônibus com destino à capital mineira.
A família também relatou aos policiais que os dois estavam juntos, morando em Itaboraí, havia cerca de um ano, e que a vítima já tinha falado sobre desentendimentos entre o casal, além de antecedentes dele na Lei Maria da Penha e da posse de uma arma de fogo.
"Decretamos a prisão temporária de 30 dias, o que foi deferido pela Justiça. Nesta segunda, também apreendemos o automóvel da vítima, provavelmente usado no crime, e aparelhos eletrônicos, que vão passar por investigação", disse o delegado.
A vítima deixa uma filha de 11 anos. O suspeito será investigado por feminicídio e ocultação de cadáver.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.