Um dos ônibus foi assaltado na Av. Brasil, na altura da Cidade Alta, no dia 9 de janeiroArmando Paiva
O levantamento aponta um aumento de 23% em comparação ao mesmo período de 2024, que teve 456 assaltos. Segundo o relatório, esse é o maior número em quatro anos.
*Janeiro de 2022- 554
*Janeiro de 2023 - 501
*Janeiro de 2024- 456
*Janeiro de 2025- 563
Dentre os bairros mais afetados estão o Méier, Piedade, Grajaú e Penha, na Zona Norte; Rocinha, Leblon, Copacabana, Humaitá e Botafogo, na Zona Sul; além do Centro e parte da Ilha do Governador. Sozinha, a região teve 247 dos roubos a coletivo.
Em nota, o Rio Ônibus manifestou profunda preocupação com a escalada da violência nos ônibus da cidade e reforçou a urgência de medidas eficazes para proteger passageiros e motoristas. “A insegurança não pode ser tratada apenas como estatística, já que é um problema frequente que impacta a mobilidade e a qualidade de vida na cidade”, disse.
A empresa informou ainda que o sindicato, representado pela Semove - Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro, colabora com as forças de segurança, compartilhando dados das ocorrências pelo Sistema de Acompanhamento da Frota em Emergência (Safe).
Além disso, a federação reforçou que as empresas vêm colaborando intensamente com as forças de segurança, reunindo informações que possam ajudar em ações de prevenção e repressão. Nesse contexto, destaca-se o Safe, uma plataforma que coleta dados e já está integrada ao sistema do Instituto de Segurança Pública (ISP), contribuindo para uma resposta mais ágil e eficiente no combate à criminalidade.
"A violência no transporte público é uma realidade preocupante, mas iniciativas como o Safe têm desempenhado um papel fundamental no enfrentamento desse problema. Por meio da parceria entre a Semove, as empresas de ônibus e os órgãos de segurança, é possível mapear as regiões mais afetadas por assaltos e roubos, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz das autoridades. O compartilhamento de informações entre as operadoras de transporte e programas como o Disque Denúncia fortalece atuação preventiva e repressiva contra a criminalidade", explica o gerente de Planejamento e Controle da Semove, Guilherme Wilson.
Dois dias depois, outro caso foi registrado também na Avenida Brasil, na altura da Penha, na Zona Norte, mas pela manhã. Na ocasião, criminosos abordaram o coletivo, roubaram pertences e fizeram ameaças, além de terem atirado dentro do veículo. Uma ocupante precisou ser levada para o hospital.
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