Policiais penais realizaram operação na Penitenciária Esmeraldino BandeiraDivulgação
Para auxiliar investigações, operação apreende cerca de 40 celulares em presídio em Bangu
Alvos foram detentos ligados ao Terceiro Comando Puro (TCP), que controla a Vila Aliança, onde um copiloto de um helicóptero da Polícia Civil foi atingido
Rio - A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou, na manhã desta sexta-feira (21), uma revista na Penitenciária Esmeraldino Bandeira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste, para auxiliar nas investigações sobre o grupo alvo da operação feita na Vila Aliança, no dia anterior.
O presídio abriga criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP), facção responsável pelo controle da localidade onde ocorreu a operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (20). Durante o procedimento, foram apreendidos 39 aparelhos celulares (sem identificação de IMEI) e 21 chips. Os agentes ainda encontraram 935 gramas de pó branco e 1.110 gramas de erva seca picada, ambos materiais supostamente entorpecentes.
Para a operação, a Seap utilizou algumas ferramentas tecnológicas, como a câmera sonda endoscópica, um aparelho que permite realizar inspeções em áreas de difícil acesso.
A ação fez parte da 7ª fase da Operação Mute, iniciada pela Seap em conjunto com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) na última segunda-feira (17), em mais de 40 cadeias do estado, cujo objetivo é retirar celulares das unidades como forma de combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional.
Roubos a vans
A Polícia Civil realizou, nesta quinta-feira (20), na Vila Aliança, na Zona Oeste, uma operação contra um grupo especializado em roubos a vans. Segundo o apurado, a quadrilha desmancha os veículos para vender suas peças. Seis pessoas foram presas e o copiloto de um helicóptero da corporação foi baleado na cabeça.
De acordo com as investigações, os criminosos operam de forma altamente organizada, contando com batedores, roubadores, receptadores e desmanchadores. O líder do grupo foi flagrado em conversas coordenando as ações do bando, indicando alvos e negociando veículos roubados. Além dele, outros membros já foram identificados.
Diligências demonstraram que os bandidos mantinham contato constante para planejar e executar os roubos. Investigações apontam ainda que a associação criminosa causou um prejuízo de mais de R$ 5 milhões ao setor de transporte turístico no estado somente em 2024.
Durante a operação, FelipeMarques Monteiro, de 45 anos, copiloto de umhelicóptero do Serviço Aeropolicial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foi baleado na cabeça. Ele está internado em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, onde passou por cirurgia. Familiares e amigos pedem doações de sangue para ajudar em sua recuperação.
A vítima se tornou o 33º agente de segurança baleado no Rio neste ano. O dado, divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado, equivale a um ferido a cada dois dias e meio.
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