Lotado no 24º BPM (Queimados), o sargento foi atingido duas vezes na cabeça ao sair de uma lanchonete, na Avenida Intendente Magalhães, na tarde desta quarta-feira (23).
Maíra Siqueira, irmã do agente, compartilhou com o DIA lembranças sobre ele: "O Túlio era o caçula da casa, o filho homem. Entrou muito jovem para a polícia e tinha muito orgulho da sua profissão. Um exemplo de pai, amoroso, presente e um filho dedicado! Partiu cheio de sonhos e com a vontade de ver seus filhos crescerem".
Segundo as investigações, o agente estava deixando o estabelecimento com a mulher quando sofreu uma tentativa de assalto, cometida por um homem em uma moto. O militar reagiu e acabou baleado. Ele chegou a ser socorrido por moradores e encaminhado ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte, mas não resistiu aos ferimentos.
O coronel Marcelo de Menezes, secretário de Estado de Polícia Militar, lamentou a morte em uma postagem nas redes sociais. "Um profissional comprometido, que serviu com honra e dignidade à missão de proteger. Que Deus traga consolo aos familiares, amigos e companheiros de farda nesse instante de tristeza", diz o texto.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. Os agentes da especializada estão em busca de imagens de câmeras de segurança e de testemunhas que possam ajudar a identificar a autoria do crime.
Nesta quinta-feira (24), o Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre o responsável pelo crime. A população pode denunciar, de forma anônima, através da: central de atendimento (021) 2253 1177 ou 0300-253-1177; do WhatsApp (021) 2253-1177; ou do aplicativo Disque Denúncia RJ.
Túlio Siqueira deixa esposa e dois filhos. O velório acontece nessa sexta-feira (25), das 9h às 13h, na Câmara Municipal de Itaguaí, cidade natal do sargento na Região Metropolitana. Em seguida, o corpo será levado para o Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio, onde será sepultado às 15h30.
PMs mortos nos últimos 10 dias
Contando com Túlio, seis policiais militares morreram em um período menor que 10 dias no Estado do Rio. Nesta quinta-feira (24), Thiago do Amaral Lacerda, de 38 anos, morreu ao ser baleado em um confronto com criminosos na Linha Vermelha, altura da comunidade do Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
No domingo (20), o policial militar Fábio Henrique Milione do Amaral, de 49 anos, foi morto a tiros em um bar na cidade de Maricá, na Região Metropolitana. O agente estava de folga, acompanhado da mulher, quando foi surpreendido pelos criminosos.
Também no domingo, câmeras de segurança flagraram o momento em que um carro modelo Ford Ecosport branco foi abandonado na Rua Silva Fernandes, no Centro de Caxias, por volta das 16h. Dentro do veículo estava o corpo do policial militar Gabriel Guimarães Sá Izaú, de 41 anos, no banco de trás.
Na sexta-feira passada (18), um PM reformado, que não teve a identidade revelada, foi assassinado a tiros em Padre Miguel, na Zona Oeste. Ele teria sido abordado e executado por dois homens depois de deixar um restaurante na esquina das Ruas Oliveira Riberto e Belo Horizonte.
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