Os atletas apaixonados pelo handebol treinam aos domingos, de 8h às 11h, no Clube Mauá.Divulgação

Os apaixonados pelo handebol em São Gonçalo e Niterói estão unidos e querem resgatar a prática da modalidade. São pessoas do passado, quando o handebol era muito forte nas cidades, principalmente nos anos de 80 e 90, e de uma geração mais recente, que também deseja levantar a modalidade nos municípios.
Essa mobilização tem feito com que ex-atletas e novos adeptos do handebol se encontrem, treinem e promovam jogos amistosos para integrar o grupo e começar a pensar em futuras disputas na cidade.
Aos domingos, entre 8h às 11h, no ginásio do Clube Mauá, os competidores entram em quadra para os treinamentos. São ex-atletas de todos os níveis de federados inclusive com outros da seleção brasileira. As equipes participam de um campeonato estadual e vão disputar o brasileiro em junho em São Paulo com atletas de idade entre 30 e 60 anos.
Mesmo sendo atletas com históricos de colégio à seleção brasileira, em sua maioria são profissionais de diversas áreas, poucos são professores de educação física e nenhum trabalha com esporte. Os fundadores do movimento dizem que a ação do master começa em Niterói e depois foi abraçada por São Gonçalo, na época da pandemia e parte por eles terem perdido a possibilidade de uso da quadra do colégio Salesianos.
"O movimento Master teve início em 2007 com participação em torneio promovido pelo EC Pinheiros (São Paulo). Lá esse movimento já é bem antigo. Iniciamos com o grupo do Niterói Rugby Master em 2017 na intenção de reunir as pessoas que participaram do handebol, como atletas, dirigentes, admiradores e "bater uma bolinha" aos finais de semana. O movimento foi ganhando adesões e atualmente conta com algo em torno de 70 atletas masters atuantes", contou a direção no texto.

Um dirigente disse que a iniciativa não conta com nenhum apoio. "Até o momento tudo que foi realizado foi patrocinado pelos participantes", ressaltou o envolvido na entrevista ao falar sobre os tempos áureos do esporte na cidade.
"Já fomos uma potência graças a nomes como o do mito Marcelo Nardino, grande e reconhecido atleta do passado e campeão brasileiro, dos professores Ronaldo Goldoni e Luis Antônio Brasil, Wladilson Fernandes, Wanderley Mendonça, Luis Roberto (Luika) entre outros. São profissionais que atuaram, acompanharam e formaram a maioria dos atletas que hoje atuam no Master e que continuam nessa atividade", disse o movimento em nota.

De acordo com os responsáveis, para acontecer o resgate do esporte é preciso um espaço. "Precisamos de uma quadra coberta, com dimensões oficiais para nossos encontros, promoção de torneios de maior porte. Conseguimos recentemente a quadra do Liceu Nilo Peçanha (estadual), onde esperamos realizar alguns eventos", afirmam os organizadores no texto.

Segundo as informações, desde 2018, os atletas participam da Liga de Handebol Master do RJ. No início somente na categoria 49+, e atualmente eles participam das categorias 42+ e 35+. "Na categoria 49+ fomos campeões em 2018, vice em 2019 e 2022 (2020-2021 não houve competição). Na categoria 42+ fomos campeões em 2022 e na categoria 35+ fomos vice em 2022", ressaltaram os professores em nota.

De acordo com os fundadores do movimento Niterói sempre foi forte no handebol do estado, tanto a nível escolar quanto a nível de clubes. Eles dizem que a base sempre foi muito forte inclusive exportando jogadores para outros estados, jogadores que integraram seleções olímpicas e jogaram na Europa.
"O trabalho tem que ter continuidade, e o fortalecimento do movimento Master servirá de estímulo para a geração que está chegando. Além dos benefícios do esporte vem a possibilidade do convívio e amizades já consagradas pelo tempo", encerrou o grupo de atletas no texto.