defaultExpectativa é que Porto do Açu possa contribuir diretamente para a transição energética Foto Assessoria/Porto Açu

São João da Barra – O complexo Portuário do Açu, entre São João da Barra e Campos dos Goytacazes, ao norte do Estado do Rio de Janeiro, está na linha de frente do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), lançado no final de julho na Casa Firjan.
O Grupo de Trabalho de Negócios Oceânicos é o primeiro hub (lugar que congrega vários produtos ou serviços ao mesmo tempo) corporativo do país com o objetivo de impulsionar a transição energética dos portos e transporte marítimo.
De acordo com a assessoria do complexo portuário do Açu, a iniciativa do grupo “visa mapear cenários nacionais e internacionais sobre transição energética e descarbonização dos setores marítimo e portuário e endereçar as oportunidades e desafios para o Brasil”.
Mais de 30 empresas já estão inscritas para participar do grupo. Os estudos apontam que somente dois estão construindo essas estruturas, com objetivo de receber embarcações movidas a biometano, amônia, biogás e hidrogênio verde; o do Açu é um deles.
José Firmo, CEO (diretor executivo) da Porto do Açu Operações, ressalta que os portos desempenham um importante papel no atingimento das metas globais de descarbonização, fornecendo a infraestrutura necessária para produção e armazenamento de combustíveis alternativos, bem como para o abastecimento da frota marítima.
“Nossa visão é de que o Porto do Açu possa contribuir diretamente para a transição energética, sobretudo considerando o potencial do Brasil em assumir a vanguarda neste processo”, observa Firmo assinalando que esse futuro só poderá ser construído por meio de integração entre os diversos players, “o que traz à tona a relevância deste grupo de trabalho para o nosso país”.
O CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, Carlo Pereira, enfatiza que o transporte marítimo e as operações dos portos são fundamentais na jornada rumo ao carbono zero: “Nosso país tem uma vocação natural para ser líder dessa nova economia; mas, é preciso termos uma atitude proativa para tornar essa vantagem comparativa em vantagem competitiva”.
As informações sobre o Pacto Global são também da assessoria do Açu, que repercute: “Atualmente, no mundo, o setor de navegação responde por cerca de 80% do volume do comércio global e é responsável por aproximadamente 3% das emissões globais de GEE (Gases de Efeito Estufa)”.
A PARTIR DE 2021 - De acordo com a Porto do Açu Operações, em novembro de 2021 o complexo portuário passou a integrar ao Pacto Global, “assumindo a responsabilidade de contribuir para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e se comprometendo a reportar anualmente seu progresso em relação a esses objetivos”.
Em setembro do mesmo ano, o porto se tornou o primeiro no Brasil a receber a certificação EcoPorts; segundo a assessoria, trata-se do principal reconhecimento internacional de gestão ambiental no setor portuário. “O ocorreu um ano após a aprovação da nova estratégia de sustentabilidade da do Açu Operações, construída a partir de intensa colaboração com os acionistas da Prumo Logística e Porto de Antuérpia Internacional”, conclui.