Comandante do 30º BPM, Tentente-Coronel Alex Marchito Soliva durante comemoração de um ano do Programa de Proteção à Liberdade Religiosa. Iniciativa pioneira no Brasil, projeto criado pela Polícia Militar de TeresópolisAndréa Brito
A decisão de criar o programa partiu após o relato da Capelã Lilian Duarte, depois de ter seu local de culto vandalizado por intolerância religiosa. Comovido com o ocorrido, Soliva decidiu implementar a patrulha de defesa da liberdade religiosa, sendo o primeiro modelo na Polícia Militar em todo o Brasil.
Comandante Soliva destacou que todas as pessoas devem ter o mesmo tratamento do Estado, independentemente da religião que professa. O comandante disse que, neste sentido, “É importante que os policiais tivessem um mínimo de conhecimento de cada religião, por isso foi tão importante o projeto, que leva a cada policial militar informações sobre as diversas religiões.”
Tentente Gonzalez destacou que todos os templos foram visitados, sem preferência de religião. Segundo ele, “houve a capacitação da tropa, com conhecimento de cada crença, para haver um respeito amplo a cada religião, com lugar de fala para cada representante. E fizemos um diagnóstico de cada problema, inclusive com a identificação do crime.”
Prof. Marcelo disse que “buscamos o reconhecimento de que cada um merece respeito, carinho.” Na mesma linha, Pai Delmo, professor de Português, lembrou que o preconceito começa na própria maneira de falar, e citou o exemplo do termo “judiar”, no sentido pejorativo de maltratar alguém, fazendo alusão ao judaísmo.
Foram identificadas várias vítimas e realizadas entrevistas no sentido de entender o problema e a dirigente de uma dessas casas, Mãe Lilian Duarte, que tem formação na área de pedagogia e pós-gradução em Ciências da Religião, entregou proposta formal de implementação de uma Patrulha específica para defesa da diversidade religiosa ao Comando do 7 CPA.
O 30º BPM, alinhado com o referido projeto, organizou um Grupo de trabalho com lideranças das religiões descritas nas pesquisas do IBGE e desenvolveu um Estudo Técnico Policial e formando um grupo de trabalho
O grupo de trabalho formado é composto pelos seguintes representantes: O comandante do 30º BPM, Tenente-Coronel Soliva, SubComandante Marcelo Luis Mello, Mãe Lilian Duarte representante do Candomblé, Pai Delmo representante da Umbanda, Pastor Marcos Basílio representante das Igrejas Evangélicas Protestantes, Padre Jorge representante da Igreja Católica, Professor Marcelo Pelegrino do Movimento Espírita, Professor Afonso representante das religiões Hinduístas, Sr Pasquim secretario da Sinagoga Shalom e as representantes da OAB: Dra. Mabia Monerat e Dra. Lilian Cirico.
A patrulha percorreu nesse período sedes de diversas organizações religiosas para convite a participação do projeto inclusive.
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