Julho verde: Especialista alerta para o câncer ginecológico
Mais de 40% das mulheres diagnosticadas com câncer possuem algum tipo ginecológico
Rio - Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 40% das mulheres diagnosticadas com a doença possuem algum tipo de câncer ginecológico. Os mais frequentes são o de ovário, endométrio e o câncer de colo do útero, mas também existe o câncer de vulva e vagina. O especialista Paulo Gallo, Presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e médico ginecologista do Vida Centro de Fertilidade, lista cada um deles e explica como se prevenir e identificar.
Para Gallo, o câncer de ovário é o mais difícil de ser diagnosticado, pois geralmente ele só causa desconforto quando já está avançado. "Os fatores de risco são idade superior a 40 anos, não ter engravidado ou só ter engravidado depois dos 30 anos, uso contínuo de anticoncepcional, reposição hormonal ou histórico familiar", disse.
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O câncer de vagina é o tumor mais raro e pode ser estar relacionado ao HPV. "Os fatores de riscos são lesões pré-cancerígenas, HIV, tabagismo e mulheres, que a mãe fez uso de dietilestilbestrol durante a gestação, para prevenir um aborto", alertou o especialista.
Já o câncer de endométrio geralmente ocorre pela longa exposição ao hormônio estrogênio, seja pelo aumento da produção do hormônio no corpo ou por terapia hormonal. Outros fatores de risco são menstruação precoce, menopausa tardia, idade avançada, não ter engravidado, obesidade, terapia hormonal para o combate do câncer de mama e histórico familiar de câncer ginecológico.
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Ainda de acordo com o especialista, o câncer de colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina. Um dos principais fatores relacionados à doença é a infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). E, por último, o câncer de vulva, que tem mais ocorrência em pessoas entre 65 a 70 anos. O HPV pode ser uma das principais causas do tumor.
Ainda de acordo com o médico, existem alguns sinais que ajudam a identificá-los como dor lombar e pélvica persistente (além do período pré-menstrual), feridas ou alterações de cor na vulva e na vagina. Outros sintomas como dores de estômago, alterações gastrointestinais, fadiga frequente e febre persistente também podem ocorrer. Queixas como inchaço abdominal, flatulências, perda de peso acentuada sem dieta, pressão abaixo do umbigo e sangramento vaginal anormal ainda devem ser observados.
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Em relação à prevenção, o especialista explica que o check-up é primordial para manter em dia a saúde ginecológica feminina. "Se consultar periodicamente com o ginecologista e a realização anual do preventivo ajudam na prevenção, pois possibilitam rastrear possíveis alterações. Além disso, como a maioria dos casos está relacionado ao HPV, é importante a vacinação preventiva, principalmente quando realizada antes de iniciar a vida sexual", concluiu Paulo Gallo.
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