Dois dos cinco suspeitos de crimes foram presos nesta sexta-feira nos bairros Santo Agostinho e Santa Cruzreprodução/PCERJ
Volta Redonda - Policiais civis da 93a Delegacia de Polícia (Volta Redonda) deflagraram na manhã desta sexta-feira (1o) a operação “Suplício”, para cumprir dois mandados de prisão preventiva expedidos pela 2ª Vara Criminal de Volta Redonda, pelos crimes de tortura, corrupção de menores e concurso material (quando há mais de um crime praticado).
De acordo com as informações da Polícia Civil, no dia 15 de outubro do ano passado, cinco suspeitos de integrar a facção Comando Vermelho, sendo três maiores e dois menores, a mando do chefe do tráfico do Morro da Conquista, no bairro Santo Agostinho, torturam um homem de 32 anos. Ele foi capturado pelo grupo e levado para ser julgado pelo “tribunal do tráfico”.
O motivo da punição foi porque a vítima mendigava próximo à uma boca de fumo, o que, na visão dos traficantes, gerava desconforto aos usuários. Diante disso, a cúpula do tráfico da localidade decretou a sentença de morte da vítima.
Na ocasião, a vítima levou diversas pauladas por todo o corpo, principalmente na cabeça, desmaiando. Os traficantes cessaram as agressões, achando que o homem estava morto. Muito debilitada, a vítima acordou e seguiu para a sua residência, porém, no meio do caminho, se deparou novamente com os suspeitos, que iniciariam novas agressões.
Segundo a polícia, a tortura só teria parado quando uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) chegou no local para socorrer a vítima, após solicitação de moradores da localidade. O homem foi levado em estado gravíssimo para o Hospital São João Batista, onde permaneceu internado por 28 dias.
A Polícia Civil informou que, dos cinco torturadores, há um menor e um maior que agora são considerados foragidos, sendo que dois maiores - de 32 e 24 anos - foram presos nesta sexta-feira nos bairros Santo Agostinho e Santa Cruz, e um menor de idade já estava apreendido.
Os presos serão recolhidos ao sistema penitenciário, onde permaneceram acautelados para prosseguimento da investigação e à disposição da Justiça.
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