Dalto é autor do hit 'Muito estranho', um dos maiores sucessos da década de 80Divulgação/Secom PMVR
Volta Redonda - Três nomes que marcaram a música brasileira nos anos 80 resolveram se unir nos palcos para relembrar alguns de seus grandes sucessos, e o público de Volta Redonda vai poder conferir o trio de perto. Biafra, Dalto e Nico Rezende se apresentam no próximo dia 18, às 19h, no Teatro Maestro Franklin de Carvalho Junior (o Teatro da Fevre), no Laranjal, anexo ao Colégio Getúlio Vargas, em mais uma apresentação da turnê que vem rodando o país com o grupo de hitmakers.
O show que reúne os artistas faz parte do projeto “Giro Cultural”, da Funarj (Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro). Os ingressos, gratuitos, podem ser trocados a partir desta quinta-feira (11) até a próxima terça, 16 (exceto sábado e domingo), das 9h às 17h, na Biblioteca Municipal Raul de Leoni, na Vila Santa Cecília. Cada pessoa pode pegar dois ingressos, que não podem ser vendidos, e a organização do show pede que seja feita a doação de um litro de leite.
Os artistas
Com uma carreira que teve início ainda nos anos 70, Dalto lançou em 1982 o seu maior hit, “Muito estranho”, cujo compacto vendeu mais de 800 mil cópias na época, tornando-se um dos maiores sucessos da década. Mas não parou por aí: com Biafra, ele compôs, um ano antes, “Leão ferido”, gravada pelo parceiro; também fez sucesso com “Anjo”, gravada pelo grupo Roupa Nova, e “Espelhos d’água”, que voltou às paradas nos anos 90 na voz de Patrícia Marx.
Sem nunca ter parado de compor, Dalto ainda teve suas músicas interpretadas por nomes como Marília Mendonça, Nando Reis, Fábio Júnior, Jorge Aragão e Marina Lima.
Quem também vive no imaginário popular – mesmo daqueles que não “viveram” os anos 80 – é Biafra. É difícil encontrar alguém que não identifique o seu maior hit, “Sonho de Ícaro”, ao ouvir os versos “Voar, voar, subir, subir”, que desde 1984 são indissociáveis de nossa memória musical afetiva. O artista niteroiense lançou seu primeiro álbum em 1979, mas foi dois anos depois, com o disco “Despertar”, que veio o primeiro hit, a já citada “Leão ferido”. Durante os anos 80, Biafra foi presença constante nas rádios e trilhas sonoras de novelas.
Com 16 álbuns lançados, Biafra também se destaca como compositor, tendo músicas gravadas por artistas das mais variadas vertentes musicais – e não é pouca gente: de Roberto Carlos e Ney Matogrosso, ele também compôs para a dupla Chitãozinho e Xororó, o grupo KLB, e ainda para Angélica, Xuxa e Jerry Adriani.
Com dez álbuns lançados em sua carreira, o paulistano Nico Rezende é outro hitmaker da década de 80. Tendo tocado na banda de artistas como Ritchie e Lulu Santos, o cantor, compositor, arranjador e multi-instrumentista fez sucesso com “Esquece e vem” e “Penso nisso amanhã”, além de ser autor da popular e inesquecível “Perigo”, gravada por Zizi Possi; “Transas”, na voz de Ritchie; “Pseudo-blues”, com Marina Lima; e “Signos de Ar”, interpretada por Jorge Vercilo.
Como produtor, vale destacar que Nico Rezende assina a produção do primeiro álbum solo de Cazuza, que trouxe os hits “Exagerado” e “Codinome Beija-flor”.
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