Ventania causou nuvem de pó preto sobre vários bairro de Volta Redonda, assustando moradoresPaulo Dimas/Reprodução

Volta Redonda - O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro divulgou na manhã desta quinta-feira (17), uma nota oficial sobre o vendaval e a forte chuva que atingiram Volta Redonda na tarde de quarta-feira (16), espalhando poeira pelo município. O posicionamento do Inea veio após uma reunião do deputado estadual Munir Neto e do secretário municipal de Meio Ambiente de Volta Redonda, Anderson Silva, com o secretário estadual de Meio Ambiente, Bernardo Rossi, realizada na tarde de quarta-feira, a pedido do prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto.
Durante o encontro, Munir e Anderson cobraram do Inea agilidade na questão da fiscalização da poluição da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda.
Confira abaixo a nota divulgada pelo Instituto Estadual do Ambiente:
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que acompanha, junto à Prefeitura Municipal e à CSN, a condição do ar em Volta Redonda desde ontem (16/10). Uma equipe de fiscalização esteve no local e o Inea adotará as medidas necessárias e cabíveis à situação.
Desde agosto deste ano, seguindo as regras do Decreto Estadual Nº 48.668, o Inea acompanha a qualidade do ar da cidade, por meio do Programa Estadual de Monitoramento de Partículas Sedimentáveis, conhecido como "pó preto". Cada ciclo de coleta de amostras dura 30 dias, e as análises são feitas em parceria com o laboratório de Química Atmosférica da PUC-Rio.
CSN emite nota
A CSN também divulgou uma nota oficial sobre a ocorrência desta quarta-feira (16) e apontou que vem tomando medidas para diminuir os efeitos da poluição emitida pela Usina Presidente Vargas (UPV) em Volta Redonda.
Confira a íntegra do comunicado da empresa.
“Na tarde de ontem, 16 de outubro, uma tempestade atingiu a região Sul Fluminense, precedida por fortes ventos. Em Volta Redonda, as rajadas chegaram a 100 km/h, conforme registrado pela estação meteorológica no bairro Vila Santa Cecília.
O fenômeno causou a queda de árvores, deixou diversos pontos da cidade sem energia elétrica e varreu ruas em várias áreas do município. A Usina Presidente Vargas, da CSN, também foi afetada, resultando na dispersão de matéria-prima estocada em diferentes locais da usina.
Embora o evento tenha durado pouco tempo, as grandes dimensões da usina amplificaram o impacto visual das imagens geradas. É importante ressaltar que essas imagens não representam emissões atmosféricas, mas sim os efeitos do fenômeno climático sobre a matéria-prima.
A CSN tem intensificado o uso de polímeros em seus pátios de matéria-prima para evitar a dispersão de material, além de reforçar a limpeza de suas áreas e equipamentos, utilizando técnicas de rapel industrial, canhões de névoa, entre outras. No entanto, o fenômeno climático de ontem, somado a um longo período de estiagem, resultou em uma dispersão de material que foi impossível de ser controlada.
Em relação à qualidade do ar – que monitora partículas inaláveis invisíveis, que podem prejudicar a saúde da população – ela se manteve boa durante todo o período, apesar do impacto visual do evento”.
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