
Prestes a completar 40 anos em abril, a atriz paulista Cris Vianna decidiu entrar em uma nova fase de sua vida. Ela vai deixar de ser a rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense, após cinco anos no posto.
Hoje à noite, a bela risca a Avenida pela última vez com o enredo ‘Xingu - O Clamor da Floresta’, que causou polêmica entre setores do agronegócio. Mas sobre o assunto, ela desconversa: seu foco é o samba no pé. Nesta conversa com a coluna, Cris diz que quer usar o tempo livre para se dedicar a novos projetos, que por enquanto continuam super-secretos. Ela está distante das novelas desde ‘A Regra do Jogo’, que terminou em março do ano passado.
Por que você decidiu que este seria seu último Carnaval como rainha? Como está se preparando este último desfile, sua despedida do posto?
Meu coração diz que é hora de parar para me dedicar a outros projetos, que vão exigir minha total atenção. Estou muito tranquila com a minha decisão. Vou sentir saudades, mas acho importante eu entender esse meu momento.
Do que você mais vai sentir falta de ser rainha de bateria? O que vai deixar saudades?
Vou sentir muitas saudades de estar no meio da bateria, com os ritmistas e toda aquela energia do samba, e dos ensaios com a comunidade.
Qual foi seu Carnaval mais especial à frente da bateria da Imperatriz? E esse ano, deve superar expectativas?
Todos os desfiles foram muito especiais, mas eu me emocionei muito no ano em que a Imperatriz falou sobre a África (desfile de 2015, com o enredo ‘Axé, Nkenda! Um ritual de liberdade e que a voz da igualdade seja sempre nossa voz’). Acredito que esse ano será maravilhoso também.
Como deve ser sua atuação no Carnaval daqui em diante?
Amo e respeito muito o Carnaval, e isso não vai mudar nunca! Quem sabe, daqui a uns anos, não volto na ala das baianas? (risos)
Como vai ser sua fantasia no desfile de hoje? Está preparando alguma surpresa?
Ah, isso é surpresa!
A polêmica com a bancada do agronegócio na Câmara em torno do enredo da Imperatriz dá uma responsabilidade maior sobre a sua atuação e a da escola? Qual sua opinião sobre o assunto?
Tenho certeza de que a Imperatriz nunca teve qualquer intenção de ofender ninguém. O trabalho do nosso carnavalesco Cahê Rodrigues é fruto de uma extensa pesquisa sobre o tema, então ele é quem pode explicar melhor o por que das escolhas que foram feitas.
Existe algum nome que você vê como promessa do Carnaval? Quais outras passistas você aposta para brilhar nos próximos anos?
Acho que todas as mulheres que vivem o Carnaval — sejam passistas, rainhas, porta-bandeiras, baianas, carnavalescas, etc — têm seu brilho e a sua maneira de contribuir com essa festa tão linda e tão brasileira. O destaque que cada uma recebe da mídia em um ou outro ano que depende de uma série de fatores, como o enredo da escola, o lugar em que ela sai, a fantasia... Então não temos como prever agora. É esperar, viver e aplaudir! (Colaborou Alessandra Monnerat)