Por thiago.antunes

Rio - Enquanto a Operação Ratatouille revela mais uma faceta corrosiva da corrupção, o financiamento obrigatório do estado para o fornecimento de alimentos para os 51.451 internos de 56 estabelecimentos prisionais está em risco, o que pode resultar em rebeliões.

Para impedir a instabilidade no sistema, o Ministério Público pediu ao Tribunal de Justiça que determine ao governo disponibilizar no mínimo R$ 30 milhões, por mês, à Secretaria de Administração Penitenciária.

O pedido está nas mãos do desembargador Adriano Celso Guimarães. Segundo o promotor Marcelo Bustamante e o subprocurador de Justiça de Assuntos Cíveis e Institucionais, Sérgio Ulhôa, informaram à Justiçam, o débito acumulado pela Seap junto aos fornecedores alcançou em fevereiro mais de R$ 180 milhões.

No Ministério Público há ainda um inquérito civil público que apura o fornecimento de alimentos às unidades prisionais. Em 2015 e 2016, o estado gastou mais de R$ 631 milhões com a alimentação dos internos. 

Em julho, a direção da Cadeia Pública Juíza de Direito Patrícia Acioli, em São Gonçalo, reclamou que a Comercial Milano Brasil estava negligenciando o fornecimento de kit-lanches. Segundo a direção, a quantidade de café entregue em bombonas era a metade do contratado pela Seap

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