Rio - Réu confesso da morte da juíza Patrícia Acioli, a defesa do ex-policial militar Sérgio Costa Júnior conseguiu transferir o julgamento sobre a acusação de assassinato de Diego Conceição Beliene do 1º Tribunal do Júri de São Gonçalo — no fórum que hoje leva o nome da magistrada — para um dos tribunais do júri da capital.
À época, em junho de 2011, Patrícia era juíza da 4ª Vara Criminal daquele município e chegou a decretar a prisão dos policiais por causa da morte de Diego, tratada pelos acusados como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial, o chamado na ocasião de auto de resistência.
A decisão, segundo o Ministério Público, foi a maior fonte da tragédia que culminou com a execução da juíza com 21 tiros na porta de casa, em Niterói, dois meses depois, como vingança do grupo.
Então, para que os jurados sejam considerados isentos, a 8ª Câmara Criminal determinou, por unanimidade, a transferência do júri para o Rio, como destacou a desembargadora Suely Lopes Magalhães, relatora do pedido.
Outros três acusados de envolvimento na morte de Diego Beliene também devem ser julgados no Rio. São eles, os ex-PMs Carlos Adílio Maciel dos Santos, Sammy dos Santos Quintanilha e Jeferson Miranda. Todos condenados pela morte de Patrícia. Dois oficiais continuam na PM.
