Por karilayn.areias

Cláudio Lopes, ex-procurador-geral de Justiça, vai responder a sindicância sobre a suspeita de ter vazado informações sobre operação do Ministério Público que investigava fraude na Secretaria Estadual de Saúde na gestão do ex-secretário Sérgio Côrtes, em 2010. Côrtes está preso por corrupção enquanto esteve à frente da pasta no governo Sérgio Cabral. A investigação sobre Lopes foi decidida ontem à tarde, por unanimidade, em sessão do Órgão Especial do MP.

A denúncia contra Lopes partiu do ex-sub-secretário de Saúde Cesar Romero Vianna Júnior, na época de Côrtes. Ele é delator do esquema de corrupção no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into) e da Secretaria que resultou na operação Fratura Exposta e levou Côrtes e dois empresários para atrás das grades. Em depoimento sobre o caso no MP, Romero confirmou as informações sobre vazamento. Côrtes que também foi ouvido negou.

Romero sustenta que Côrtes, ao saber da ação, determinou a destruição de documentos. Lopes alega que estava afastado do cargo na ocasião para concorrer à reeleição para o MP e nega o episódio. Mas, por enquanto, Lopes só responde a sindicância, depois de investigação preliminar realizada pelo MP. Ao final, ainda será decidido se o caso será transformado em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para avaliar se haverá algum tipo de punição.

No fim de 2010, o Ministério Público Federal denunciou por suspeita de fraude sete pessoas, representantes da Toesa e funcionários da secretaria. Romero foi condenado a nove anos e seis meses de prisão na Justiça Federal e pagamento de R$ 249 mil aos cofres públicos. Ele ganhou o direito de recorrer em liberdade no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).

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