Por thiago.antunes

Rio - Um grande jogo político. É assim que o criminalista Luiz Flávio Gomes entende as falhas nas delações premiadas dos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud.

O especialista sustenta que a esculhambação só beneficia o ladrão. Mas que é preciso sentar novamente e corrigir os acordos. Isso porque, a dupla ainda tem muita o que colaborar já que corrompeu 1.819 políticos.

Com a palavra - Luiz Flávio Gomes, especialista em direito criminal

O caso Joesley Batista desacredita o instituto da delação?

Não. Existem mais de 170 delações firmes. Uma com problema não significa o fim. Tem que corrigir o acordo do Joesley.

Como seria corrigido?
No pacto. Eles têm muitas provas e fatos para falar. E vão ficar um bom período na cadeia para conquistar novo benefício.

A prisão é temporária.
Mas a quantidade de delitos que eles cometeram é grande. Eles corromperam 1.819 políticos, cada um carrega muitos crimes. O Paulo Roberto Costa praticou muito menos e ficou dois anos preso.

Agora, os erros nas delações balança a opinião pública?
Há um grande jogo político por trás disso tudo que está acontecendo.
Vem bomba aí contra muita gente, principalmente, com relação ao presidente Michel Temer. Quanto mais esculhambada a delação melhor para os ladrões. O negócio é corrigir as delações e ponto final.

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