
As férias escolares estão chegando e, com a permanência das crianças em casa por mais tempo, os pais devem redobrar a atenção para prevenir acidentes durante as brincadeiras infantis. Quedas, cortes, fraturas e queimaduras são algumas das principais ocorrências quando a diversão não tem um desfecho positivo.
"Crianças de 5 a 10 anos, enquanto correm ou usam bicicletas e similares, precisam ser supervisionadas por adultos e, sempre que possível, utilizar equipamentos de segurança", orienta a pediatra Carla Dall Olio, coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D'Or.
Outro risco nas brincadeiras é o de ingestão de objetos. A curiosidade associada à disponibilidade de pequenas peças podem ser uma armadilha. Bebês de 1 a 2 anos estão na fase oral do desenvolvimento e tendem a colocar na boca tudo o que encontram. Por isso, necessitam de monitoramento constante para evitar que tenham acesso a elementos perigosos.
"A garganta tem cerca de três centímetros de diâmetro, espaço suficiente para que objetos ingeridos ou aspirados causem sufocamento ou sejam direcionados a órgãos como estômago e pulmão. O perigo também é iminente com feijão e outros alimentos, como amendoim, quando colocados nas cavidades nasal ou auricular. Além disso, sacolas e embalagens plásticas devem ser guardadas em lugares seguros. É preciso que todo o ambiente de acesso dessas crianças seja observado, e que os brinquedos sejam recolhidos após o uso, para a prevenção de acidentes", pontua a médica.
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) recomenda que, no ato da compra de brinquedos, se exija o selo de certificação. Ele demonstra que o produto atente a requisitos mínimos de segurança estabelecidos em normas e regulamentos. Artigos vendidos no comércio informal, geralmente mais baratos, costumam ser falsificados e podem conter substâncias tóxicas na sua composição.
Antes de entregar os brinquedos às crianças, deve-se ler atentamente as instruções de uso e observar a faixa etária para a qual eles são adequados. Se acidentes acontecerem mesmo com as precauções tomadas, saber agir em caso de emergências é essencial para reduzir os danos. Veja algumas dicas no quadro.
Queimaduras
A área queimada deve ser lavada com água corrente, sem esfregar, para ser resfriada. Depois, é preciso buscar atendimento médico para avaliação de cuidados adicionais.