Rio - A possível candidatura de Michel Temer (MDB) à reeleição, já aventada nos corredores do Planalto, agora é defendida abertamente por um ministro. "Por que não?", indaga Leonardo Picciani, que comanda a pasta de Esporte. "Acho que com os dados que o governo vem apresentando, o presidente Temer seria o nome ideal para dar continuidade. Na minha opinião, o MDB deveria apoiá-lo à reeleição", argumenta. Deputado federal licenciado e ex-líder do MDB na Câmara, Picciani prossegue: "Há recuperação da economia, queda do desemprego e a menor inflação da história desde o Plano Real".
Indagado pelo Informe sobre a baixa popularidade do presidente Temer, também a menor da história, o ministro sustenta: "Isso é decorrente do quadro de deterioração econômica de quando ele assumiu o governo. O Brasil efetivamente, e não por culpa do Temer, estava no fundo do poço. Creio que à medida que o país se recupera, ele também recuperará (seu índice de aprovação)."
Condenação de Lula
Ministro de Temer, Picciani acredita ter havido uma "politização muito grande" no julgamento em que Lula (PT) acabou condenado a 12 anos de prisão. "O que talvez tenha levado à não análise de argumentos importantes apresentados pela defesa", afirma o emedebista. Picciani, porém, ressalta que essa é a opinião de quem acompanhou os fatos pela mídia. "Não conheço o processo na sua inteireza, já que não li as peças processuais."
Em alta com Pezão
O governador Pezão (MDB) já tem os dois nomes para indicar ao conselho da Agetransp (agência que regula os serviços de transportes por barcas, trens e metrô). Um é Gothardo Netto (PSL), que se apresenta como Dr. Gotardo, é ex-prefeito de Volta Redonda e suplente na Assembleia Legislativa. O outro, Murilo Leal, é chefe de gabinete de Affonso Monnerat, secretário de governo de Pezão. Leal já foi candidato a prefeito de Paracambi pelo MDB e é filho do ex-deputado estadual Délio Leal (MDB).
De saída da Agetransp
Caso a Alerj aprove os nomes, Gotardo e Murilo substituirão Cesar Mastrangelo e Arthur Bastos, que, citados na Lava Jato, pediram para sair.
Contrato milionário
O governo estadual contratou por R$ 57,479 milhões, sem licitação, a Telemar Norte Leste (Oi-Telemar) para o serviço de internet por um prazo de seis meses. A publicação saiu no Diário Oficial de ontem. A empresa foi citada na Lava Jato como integrante do esquema de propina paga a Regis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil de Sérgio Cabral.
Segue
O Ministério Público Federal afirma que, para obter vantagens, Fichtner autorizou a compensação de precatórios no valor de R$ 74,8 milhões à Telemar Norte Leste, cuja advogada era Adriana Ancelmo, mulher de Cabral. Sobre a publicação no D.O. de ontem, o governo disse ao Informe que o contrato foi emergencial "visto que o Tribunal de Contas do Estado ainda não liberou a nova licitação para contratação destes serviços".
Livre, leve e solto
Comenta-se que Regis Fichtner, que passou apenas uma semana na prisão, estaria fazendo delação premiada. Ele nega.
Por meio de nota, Regis Fichtner disse que, na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal que foi aceita pela Justiça, não figura o nome da Telemar Norte Leste. O MPF aponta o recebimento de propina pelo chefe da Casa Civil de Sérgio Cabral.
Em alta com Crivella
A deputada federal Laura Carneiro (MDB-RJ) venceu a batalha e conseguiu emplacar o novo superintendente regional da Barra da Tijuca: Azaury Alencastro Jr.
