Apesar do aumento no consumo de frutas e hortaliças e da prática de atividade física, o brasileiro tem se tornado cada vez mais vítima da obesidade. Pesquisa feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aponta o aumento de 15,5% nas taxas de sobrepeso e 41,6% nas taxas de obesidade daqueles que possuem planos de saúde no país.
De acordo com o estudo da Vigitel Brasil 2016 Saúde Suplementar, a proporção de adultos com excesso de peso vem aumentando desde 2008, passando de 46,5% para 53,7%. O mesmo ocorre com a proporção de obesos, que aumentou de 12,5% para 17,7%. "Esses dados devem ser usados na reflexão de operadoras de planos de saúde, prestadores de serviços e beneficiários, para a formulação de modelos de cuidado que envolvam a promoção da saúde e a prevenção de doenças, em prol da qualidade de vida da população", afirma Karla Coelho, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS.
Desde a adolescência enfrentando problemas de obesidade, o empresário Alexandre Knoploch já estava no grau II, quando optou pela cirurgia bariátrica para redução das medidas. "Foi uma indicação médica. A cirurgia bariátrica é um tratamento eficaz. Mas para manter o resultado, é fundamental o acompanhamento médico", recomenda.
A pesquisa também traz boas notícias. No mesmo período, a proporção de fumantes caiu de 12,4% para 7,3%. Já o percentual de indivíduos fisicamente inativos reduziu de 19,2% para 14,2%. Outro destaque é o aumento no consumo de frutas e hortaliças, como citado no começo da reportagem, que passou de 27% para 30,5%. Pela primeira vez, o Vigitel incluiu indicadores relacionados ao tempo livre gasto diante de telas de computador, tablet e celular. Considerando o conjunto da população adulta estudada, a frequência do hábito de utilizar tais equipamentos por três ou mais horas diárias foi de 19,5%.
