hanseniase - arte o dia
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Por RENAN SCHUINDT

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está concentrando esforços no combate integrado à hanseníase. No Rio, o órgão prepara um programa de treinamento aos profissionais de saúde, que inclui o lançamento de guias sobre as complicações da doença e um documentário sobre o tema. Parceria entre Estado e municípios, o projeto experimental acontece em Itaboraí e São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. As ações fazem parte do 'Janeiro Roxo', mês dedicado ao Combate Mundial da Hanseníase.

Egon Daxbacher, presidente da sucursal do Estado do Rio da SBD, quer levar o programa para municípios da Baixada ainda neste ano. "Estamos em contato com as secretarias de Saúde dos municípios. Vamos oferecer o treinamento a médicos, enfermeiros e agentes de saúde. Ao longo do ano, chegaremos à Baixada Fluminense, onde a incidência ainda é alta", explica.

A programação vai contemplar aula teórica e a prática de mobilização social, com atendimento em conjunto entre especialistas e profissionais da Atenção Básica. A proposta também visa o aprimoramento da gestão da vigilância epidemiológica da doença, a partir das notificações dos municípios no último ano.

Morador de Maricá, Nilson dos Anjos passou pelo problema. Curado, ele relembra das dificuldades para ter o diagnóstico correto. "Levei cinco anos para iniciar o tratamento. Além da doença se manifestar lentamente, a falta de um diagnóstico preciso também contribuiu para a demora no tratamento. Levei cinco anos para iniciá-lo", diz.

A Hanseníase pode provocar graves incapacidades físicas se o diagnóstico demorar ou se o tratamento for inadequado. Os primeiros sinais são manchas claras ou avermelhadas no corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade. Podem aparecer placas, caroços e inchaços, além de formigamento, sensação de choque, dormência e queimaduras nas mãos e pés e problemas nos olhos.

GUIAS ESPECIALIZADOS

Dois guias serão lançados para profissionais de saúde um de diagnóstico e tratamento e outro de complicações. "É importante aumentar o nível de informação para qualificar o corpo médico e evitar a peregrinação do paciente por serviços de saúde", afirma Egon Daxbacher.

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