Audiência Pública na Câmara dos Deputados em Brasília sobre as obras de Angra 3Divulgação/Eletronuclear

Angra dos Reis - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que vai defender a retomada das obras de Angra 3 junto ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que é a principal instância decisória do governo no setor de energia. A declaração foi dada nesta terça-feira (13), em audiência pública  na Câmara dos Deputados, em Brasília, que contou com a presença do presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo.

“Nós temos a prudência de esperar o estudo do BNDES, mas eu já adiantei ao ministro da Casa Civil que levarei, na reunião do CNPE, a defesa intransigente da continuidade das obras de Angra 3. Nós precisamos assimilar os custos, mas vamos conclui-la”, disse.

“Não tem que discutir o custo-benefício de fazer ou não Angra 3. Essa já foi uma decisão do Brasil tomada lá atrás. Nós temos que ver como uma obra de estado e não uma obra de governo”, argumentou.
Silveira disse ainda que existe um estigma injustificável e preconceito contra a cadeia nuclear no Brasil, ressaltando a importância do setor para o desenvolvimento econômico do país. Na sequência do discurso, analisou a decisão de apoiar a retomada da terceira usina nuclear brasileira.

Angra 3 em pauta

O deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), presidente da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares, também discursou na audiência pública e saiu em defesa do empreendimento, utilizando exemplos internacionais de investimentos no setor nuclear.

Segundo a empresa na última semana, Lopes se reuniu com Raul Lycurgo na sede da Eletronuclear, no Centro do Rio, para tratar sobre os projetos prioritários da companhia, como a retomada de Angra 3 e extensão da vida útil de Angra 1.

No momento, a Eletronuclear aguarda a finalização de estudos independentes que estão sendo realizados pelo BNDES para avaliar a viabilidade econômica do empreendimento. Os resultados desse trabalho devem ser divulgados em breve, quando serão analisados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo CNPE.
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