Versão GTS usa motor 1.4 TSI capaz de render 150 cavalos de potência - Lucas Cardoso
Versão GTS usa motor 1.4 TSI capaz de render 150 cavalos de potênciaLucas Cardoso
Por Lucas Cardoso
Rio - Pouco antes do início da pandemia, em janeiro do ano passado, a Volkswagen apresentava ao mercado a versão apimentada de seu sedã compacto Virtus. Sob a popular sigla GTS, o modelo vendido por R$ 104 mil chegava como boa alternativa aos proprietários que miravam alto no Jetta GLI, mas não dispunham, à época, dos R$ 143 mil pedidos no três volumes médio. A diferença de quase R$ 30 mil, associada à boa lista de equipamentos e ao bom desempenho do motor 1.4 TSI de 150 cv no Virtus eram boas justificativas para a opção. Nessa conta, o único ponto a melhorar para o compacto era o tamanho das rodas, considerada pequenas para um modelo desse perfil.

A correção veio na linha atual, com a chegada dos aros 18 polegadas do Polo GTI europeu. O conjunto, no entanto, chega como opcional por R$ 1.580 que, somado ao reajuste aplicado pela VW em sua linha, coloca o modelo na casa dos R$ 120.370. Sem o kit, o sedã é vendido por salgados R$ 118.790. Então com uma mudança tão grande de valor em um ano, o modelo ainda vale a pena?

Para tentar responder a essa pergunta, convivemos durante uma semana com a versão. Se retirarmos as rodas, o visual não muda em relação a versão 2020 que já trazia detalhes em preto brilhante no para-choque dianteiro, emblemas com a sigla "GTS", faixa vermelha da grade e faróis e defletor na tampa do porta-malas.

Por dentro
Por dentro, bancos inteiriços mantiveram o estilo concha e os detalhes vermelhos estão por todo lado. As escolhas de design são boas e destacam apenas o necessário na versão GTS. A tecnologia embarcada no modelo também é destaque.

Em conforto, o Virtus vem de série com painel 100% digital de série e a central multimídia de 8 polegadas, que tem sistema intuitivo , ágil, qualidade de imagem e funções interessantes. Entre elas, uma função que permite monitorar parâmetros do veículo, sempre com animações e transições.

Também faz parte do pacote de tecnologias o ar-condicionado digital e chave presencial, com abertura de portas e acionamento do motor sem precisar tocar na chave. Uma mão na roda em cidades menos tranquilas como no caso do Rio, onde você quase sempre quer sair e entrar rápido do carro. Câmera de ré e sensores de estacionamento (dianteiros e traseiros) presentes no modelo também ajudam na vida urbana.

Segurança
A lista de itens de segurança traz o esperado para essa faixa de preço como o detector de fadiga, retrovisor interno eletrocrômico, sensores de chuva e crepuscular, frenagem automática pós colisão, controles de estabilidade e de partida em rampa, além do piloto automático. A lista inclui, ainda, quatro airbags (frontais e laterais), mas bem que podiam ser seis.
Dinâmica
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Ao volante, foram percorridos 250 km, em percurso misto (cidade e estrada), sempre com o ar-condicionado ligado. Nessas condições, o Virtus GTS que usa o motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm de torque e câmbio automático de seis marchas, do tipo conversor de torque, alcançou a média de consumo de 11 km/l.

Isso mesmo com o pé pesando em algumas situações. Algo esperado quando se está guiando um carro com um conjunto tão acertado e divertido. Mantidas as configurações da linha 2020, o modelo seguiu entregando um desempenho empolgante, com ultrapassagens, saídas de sinal e retomadas sempre com folga de força. Obra da boa comunicação motor x câmbio.

Para melhorar o desempenho, o modelo ainda traz seletor de modos de condução com quatro opções de configuração. A mais legal, sem dúvida, é a Sport, onde as marchas são esticadas para entregar respostas mais rápidas.

Para melhor
A troca das rodas aro 17 pelas novas aro 18 acompanhadas de pneus mais baixos 205/45 deixaram o modelo mais na mão durante a condução. A mudança só cobra um pouco do conforto, já que o conjunto transmite mais a imperfeição do solo e amplia a sensação de ruídos no interior da cabine. Mas a vida é assim perde de um lado, ganha do outro.

A ergonomia ao dirigir segue agradando pelo bom encaixe e apoio de costas e pernas nos bancos, bem como pelos ajustes telescópicos da coluna de direção. São necessários poucos movimentos para que o motorista se encontre dentro sedã, algo comum nos modelos da Volkswagen.

O ajuste fino feito pela linha 2021 do Virtus GTS preencheu uma ausência sentida no lançamento e seu desempenho segue entregando diversão ao volante. Contudo, a nova tabela de preços aplicada para a linha deixou o modelo em uma faixa onde ele briga com modelos de segmentos superiores, como Toyota Corolla GLI 2.0 ( R$ 120.790) e Honda Civic EX (R$ 120.400). Se for só pelo a emoção, a escolha fica menos difícil.

Ficha técnica
Modelo: Virtus GTS 2021
Valor: R$ 118.790,00
Opcionais (Rodas 18 + Pintura Cinza Barium): R$ 3.165,00
Total: R$ 121.955,00
Motor: 1.4 TSI, 4 cilindros em linha, 16v
Potência e torque: 150 cv (5.000 rpm) , 25,5 kgfm (1.400/4.000 rpm)
Transmissão: Automática 6 marchas
Direção: Elétrica
Freios: Discos ventilados (dianteira), discos sólidos (traseira)
Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)
Dimensões: Comprimento (4.492 mm), entre-eixos (2.649 mm), largura (1.751 mm), altura
(1.477 mm), porta-malas (521 litros), tanque (52 litros) e peso (1.231 kg)
Aceleração máxima: 210 km/h
0 a 100: 8,7 s