A psicóloga Fátima Antunes lembra que as dificuldades fazem parte da vida e o fundamental é superá-las para viver o final de 2022 e começar 2023 melhorDivulgação
A psicóloga Fátima Antunes lembra que as dificuldades fazem parte da vida. "São elas que nos impulsionam ao movimento, afinal, se está tudo bem, porque eu preciso me movimentar? Porém não estamos preparados para mudanças, queremos sempre as coisas da mesma forma e até esquecemos que se chegamos onde estamos foi muita mudança. Crescer dói, qualquer pediatra sabe disso, pois quando os músculos e os ossos se expandem eles nos fazem maior, diferentes do que éramos antes", destaca Antunes.
Um dos pontos de fragilidade e condição ao entristecimento é a falta de emprego. Como dizem por aí: “não está fácil para ninguém”. Haja equilíbrio emocional. A psicóloga Antunes frisa que o trabalho tem grande importância na vida das pessoas, não apenas em função de ser condição para a sobrevivência em termos financeiros, mas para a autorrealização, para que a pessoa se reconheça em seus aspectos mais frágeis e também em seus talentos. Estar fora do mercado significa uma barreira para que a saúde mental esteja bem", avalia Antunes.
Diante das circunstâncias financeiras fragilizadas, como curtir as festas de Natal e réveillon sem emprego? Antunes afirma que a solução é não se isolar. "As pessoas devem buscar a aproximação, devem estar juntas, em família, com amigos, É o momento em que cada um possa participar com o que for possível, como pode. Dessa forma, verdadeiramente o espírito de Natal vai acolher e unir as pessoas", acredita Antunes.
Muitos trabalhadores engrossam as fileiras do desemprego e a sensação do desamparo, desânimo, apatia e tristeza; comuns nesse período em razão das cicatrizes causadas por Covid-19, relacionamento rompido, mortes, saúde abalada, desilusões reforçam a dor da ferida aberta, algo comum em uma depressão. Momentos de baixa todos passam. É natural. É o que os especialistas chamam de fase depressiva passageira. "A tristeza passageira não é depressão. Ela pode se transformar em depressão, está sim é uma doença. Momentos de alegrias e tristezas se fazem presentes em nossa vida e precisamos aprender a lidar com eles, porque eles nos amadurecem", ensina Fátima Antunes.
Familiares e amigos devem prestar atenção quando os sintomas ultrapassam o quadro temporário, momentâneo. Nesses casos é necessário o acompanhamento médico e terapêutico. É fundamental a compreensão e o cuidado com o deprimido, como explica à psicóloga Antunes. "A saúde mental é negligenciada sempre. Se você tem pressão alta, chamam a sua atenção para tomar o remédio. Se você está em depressão, as pessoas acham que é frescura, falta do que fazer", lamenta. Segundo a psicóloga, cada pessoa, precisa entender que há sinais que mostram que as pessoas não estão bem de verdade e precisam de acolhimento.
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