A pesquisa foi realizada para compreender melhor o perfil dos estudantes do curso em Belford RoxoDivulgação / IFRJ Belford Roxo
A pesquisa foi realizada em setembro de 2024 para compreender melhor o perfil dos estudantes do curso. Foi aplicado um questionário anônimo com as duas primeiras turmas do Curso Técnico em Administração do Campus Belford Roxo do IFRJ (2023.2 e 2024.1), que obtiveram 26 respondentes, sendo 65% do 1º período e 35% do 2º período. A pesquisa tem um níveld de confiança de 90% e margem de erro de 3,5% para mais ou para menos. Os dados confirmaram hipóteses muito interessantes como o fato de que o Curso de Administração aumenta a empregabildiade e contribui no desenvolvimento ssustentável do município.
Público majoritariamente protestante, negro e feminino
Quando perguntados sobre sua religião e/espiritualidade, 50% se definiram como protestantes (evangélicos de diversas denominações e linhas), 15% como espiritualistas (acredita em Deus, mas não tem religião), 12% como de matrizes africanas (candomblé, umbanda ou outras manifestações), 8% como católicos, 8% como agnósticas, 4% como ateia e 3% como outras.
O curso ajuda na melhoria salarial
De acordo com o IBGE Cidades, plataforma com dados dos municípios brasileiros, o PIB percapta da cidade é de aproximadamente R$17 mil, o que a coloca na antepenúltima colocação entre todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro. Ainda, de acordo com dados de 2022 do Instituto, a renda mensal é de 1,8 salários mínimos e que apenas aproximadamente 10% da população está ocupada, penúltimo pior indicador de empregabilidade do Estado. No recorte da pesquisa, em relação a faixa salarial bruta mensal, 50% responderam ganhar menos do que 1 salário mínimo, 31% não possuem renda própria e 19% ganham entre 1 a 3 salários mínimos.
Quando entraram no curso, 62% estavam desempregadas, 19% desenvolvia trabalho informal, 8% era servidora pública (efetiva ou em cargo de confiança), 8% participavam do programa Jovem Aprendiz e 3% fazia estágio. Ao final do período, 50% estavam desempregadas, 19% desenvolvia trabalho informal, 12% participavam do programa Jovem Aprendiz, 8% faziam estágio, 8% era servidor público ou aguardava nomeação e 3% tinha contrato CLT (carteira assinada).
Durante a caminhada no curso, 50% não participaram de entrevistas de emprego, 31% participaram de 1 entrevista, 15% participaram de 1 a 3 entrevistas, 4% participaram de 4 ou mais entrevistas.
Continuando com a abordagem durante a trajetória do curso, em um primeiro momento, foi perguntado se durante o curso o aluno foi aprovado em entrevista e contratada (CLT, estágio ou aprendizagem), e, 69% responderam que não e 31% responderam que sim.
Em seguida, buscou-se compreender, através de uma escala com as opções “discordo totalmente”, “discordo”, “nem concordo, nem discordo”, “concordo” e “concordo totalmente”, além das opções “não estou decidida” e não quero respondera percepção dos alunos em relação a importância do curso em suas vidas. Aplicamos o entendimento por ranking médio de forma tal que as duas primeiras categorias foram classificadas como discordo e as duas seguintes como concordo, assim a totalidade dos respondentes afirmam que o curso é importante para sua formação profissional, que ele o ajudou a alcançar novas oportunidades, que traz instrumentos e ferramentas importantes para meu futuro profissional e que ter a marca do IFRJ no currículo ajuda a alcançar novas oportunidades. 96% afirma que desenvolveu novas competências (Conhecimentos, habilidades e/ou atitudes) e que o curso propõe funcionar e trazer a realidade do mundo do trabalho. O mesmo percentual afirma que após iniciar o curso, tem novos objetivos profissionais.
A pesquisa gerou um dashboard em Business Inteligence, produzido pelo engenheiro Matheus Costa, que integra a equipe que realizou o estudo. O produto pode ser acessado clicando aqui. A conclusão mais relevante aponta uma queda de 12% na taxa de desemprego dentre os participantes do curso e que a oferta formativa na área de Administração atrai boas oportunidades de desenvolvimento profissional e empregabilidade.
Carvalho é coordenador do curso e Mestre em Estado, Governo e Políticas Públicas; já Cordeiro é Mestre em Administração e atua também na docência do ensino superior.
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