O governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou na tarde desta segunda-feira (29) que irá se mudar temporariamente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, por conta de ameaças e de protestos que vem acontecendo em frente à sua residência.
Por conta das restrições impostas para conter o avanço do novo coronavírus (Sars-Cov-2), Doria vem sendo alvo de bolsonaristas e de outros grupos contrários as medidas.
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Na última semana, o governador já havia criticado manifestantes que fizeram protesto em frente à sua casa, na região de Pinheiros, e relatou que seus familiares vinham sofrendo ameaças de “fanáticos extremistas”.
“O negacionismo na pandemia deixou de ser um delírio das redes sociais, provocado pela paixão política, e está se tornando algo muito mais perigoso para a vida, a ciência e a democracia: uma seita intolerante e autoritária. Tenho enfrentado os seguidores dessa seita com inquéritos policiais e ações judiciais, com medidas sanitárias e vacinas, instrumentos da lei e da razão”, diz o tucano em comunicado divulgado.
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Como razão para se mudar ao Palácio, Doria diz que os manifestantes “ultrapassaram limites” ao ameaçar a segurança de sua família e perturbar os vizinhos do político, com suscetivas manifestações no local:
"O fanatismo ideológico, porém, ignora a racionalidade e a legalidade. Ele tem ultrapassado os limites do embate político e do questionamento técnico com ameaças à segurança da minha família e agressivas manifestações na porta da minha residência, perturbando o bairro e vizinhos. Diante do radicalismo, decidi me mudar para o Palácio dos Bandeirantes. Ao menos, temporariamente”, afirma.