Os dados do Ipec apontam que o ex-presidente Lula lidera a disputa ao Planalto do ano que vem, com 49% das intenções de voto, contra 23% de Bolsonaro. AFP

Por O Dia
O Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) divulgou, na última sexta-feira, 28, a primeira pesquisa sobre a corrida eleitoral de 2022 e os dados apurados mostram algumas dificuldades a serem enfrentadas pela base bolsonarista. Segundo o estudo, mais da metade (53%) dos eleitores de Bolsonaro no segundo turno da eleição de 2018 pretende trocar para outro candidato, ou apertar as teclas branco e nulo na urna eletrônica no ano que vem.

De acordo com a pesquisa, 26% dos eleitores de Bolsonaro na eleição passada votará no ex-presidente Lula, que se tornou elegível em março deste ano. Além disso, 34% dos que o elegeram dizem que não votariam nele de jeito nenhum.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do Jornal O Globo, o perfil daqueles que se arrependeram de votar em Bolsonaro é semelhante ao que votava em Lula nos anos 2000. São pessoas que estudaram até o ensino fundamental, moram na região Nordeste, são residentes no interior, com renda familiar de até um salário mínimo, em municípios de até 50 mil habitantes e que se autodeclaram pretas ou pardas. Nesse último segmento, a diferença entre Lula e Bolsonaro é mais que o dobro: 54% contra 21%. O quadro se apresenta de forma similar entre os mais pobres (62% de Lula, ante 16% de Jair) e menos escolarizados - 34 pontos de frente para o petista.

No quesito religião, Lula está à frente entre católicos, com 52% da preferência, contra 20% do atual presidente. A diferença diminui entre evangélicos: 41%, contra 32% de Bolsonaro. O grupo religioso é parte importante da base de sustentação de Bolsonaro, que teve sua eleição pautada em bases conservadoras
Lula também está à frente em regiões onde o presidente concentra maiores níveis de aprovação, como o Sul. Lá, o petista tem 35% das intenções de voto, contra 29% do presidente.
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Os dados do Ipec apontam que o ex-presidente Lula lidera a disputa ao Planalto do ano que vem, com 49% das intenções de voto, contra 23% de Bolsonaro. 
O levantamento ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 17 e 21 de junho. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
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*Informações do Jornal O Globo