Bolsonaro está internado em um hospital em Orlando para tratar uma obstrução intestinal Reprodução/Redes Sociais

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem sido pressionado por membros do Partido Democrata para expulsar Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil, do território americano. As deputadas Alexandria Ocasio-Cortez e Ilham Omar, representantes estaduais de Nova York e Minnesota, respectivamente, e o colega Joaquím Castro, do Texas, articulam o movimento após os atos terroristas protagonizados em Brasília no domingo, 8.
"Os Estados Unidos não devem ser um refúgio para este autoritário, que inspirou o terrorismo doméstico no Brasil. Ele deveria ser mandado de volta para o Brasil", disse Castro à 'CNN'.

No penúltimo dia de mandato, Bolsonaro deixou o país com destino a Orlando, Flórida, para não passar a faixa a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário que o derrotou nas eleições. O chefe do Executivo foi aconselhado por advogados a deixar o Brasil antes do dia 1º de janeiro de 2023, quando perdeu a prerrogativa do foro privilegiado. 
Os congressistas democratas citados defenderam publicamente a deportação do ex-presidente brasileiro. O presidente Biden, a vice Kamala Harris e os principais funcionários do governo americano condenaram as ações golpistas em Brasília e manifestaram apoio ao presidente Lula, que recebeu, mais um convite, para visitar os Estados Unidos em fevereiro.
No Twitter, usuários da rede social alegam que ex-presidente brasileiro teria entrado no país com o visto tipo 'A-1', que é reservado apenas a chefes de Estado. Derrotado nas eleições, Bolsonaro perdeu os benefícios do passaporte diplomático e precisa mudar o status para o visto destinado a turistas.
De férias na terra da Disney, o ex-presidente deu entrada na segunda-feira, 9, em um hospital em Orlando, nos Estados Unidos, para tratar uma obstrução intestinal. De acordo com publicação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro a internação, a sexta motivada pelo problema, é consequência do ataque a faca sofrido pelo mesmo em um ato de campanha em 2018. Ainda não há informações de quando ele receberá alta.
 
Trump se cala
O ex-presidente americano Donald Trump se manteve em silêncio, como a maioria dos parlamentares republicanos. Aliado de Bolsonaro, Trump é alvo de é alvo de múltiplas investigações no país. A mais grave envolve a mentoria da invasão ao Capitólio em janeiro de 2021.
Trump e três de seus filhos - Donald Trump Jr., Ivanka e Eric -, também são alvos do inquérito da justiça de Nova York, que apura práticas fiscais fraudulentas do grupo empresarial da família, a Trump Organization. O ex-presidente ainda é investigado pela retirada ilegal de documentos oficiais da Casa Branca, que levou a uma busca, por parte do FBI, na residência do magnata republicano em Mar-a-Lago, na Flórida. 
Sem mencionar Bolsonaro, somente os deputados dos Republicanos, Rick Scott e George Santos (filho de brasileiros), condenaram a violência em Brasília.