Marcelo Neves comunga da expectativa positiva de renovação da Bacia de Campos Foto César Ferreira/Divulgação

Campos - A Petrobras acaba de anunciar que está se preparando para explorar novos poços do pré-sal no próximo ano; define que pode poderá ser “o futuro da Bacia de Campos”. Também, admite investimentos na revitalização dos campos maduros e no descomissionamento de antigas plataformas.
Segundo o gerente-geral da Unidade de Negócios da Petrobras na Bacia de Campos (UN-BC), Alex Murteira Celem, três blocos adquiridos pela estatal na Bacia de Campos (Forno, Água Marinha e Norte de Bravo) começarão a ser explorados no primeiro semestre de 2025: “Vamos perfurar o primeiro poço exploratório em águas marinhas no pré-sal da BC e temos muita esperança de ser o futuro da Bacia de Campos”, avalia.
Na opinião do secretário executivo da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Marcelo Neves, as informações da Petrobras mostram um cenário bastante otimista: “Com base nesses dados e informações extremamente confiáveis, a Ompetro também comunga desta expectativa positiva de renovação da Bacia de Campos”.
Alex Murteira pontua que os investimentos previstos no Plano de Renovação da Bacia podem quase dobrar a atual produção de petróleo na região norte do estado do Rio de Janeiro até 2028; e aponta ações de descomissionamento com potenciais para movimentar US$ 26 bilhões: “A Bacia de Campos está voltando a ser olhada pelo mundo, a mostrar sua pujança, e se destacando de novo pelo desenvolvimento tecnológico com a revitalização dos campos maduros”, ratifica.
Marcelo Neves (que também é secretário de Petróleo, Energia e Inovação de Campos dos Goytacazes) concorda e lembra que o crescimento indireto decorrente das ações práticas da Petrobras tem sempre se mostrado real e leva a acreditar que os municípios e as empresas da cadeia produtiva de petróleo certamente serão atingidos pelos impactos da revitalização dos campos maduros da Bacia de Campos.
NOVAS UNIDADES - O Boletim de Produção divulgado pela Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) de abril deste ano registra que a participação da Bacia de Campos na produção nacional está em 22%. No entanto, Marcelo Neves detalha que a participação da produção de petróleo e gás natural proveniente do estado do Rio de Janeiro, onde fica localizada a maior parte da Bacia de Campos, na produção nacional está em 85%.
Estão previstas duas novas unidades para Bacia de Campos, com capacidade de produzir 20% a mais do que se produzia até então, além de reduzir em 55% as emissões de gases do efeito estufa. Alex Murteira enfatiza que é um novo negócio que se abre, e só está começando.
A Bacia de Campos foi pauta principal do Macaé Energy, que acontece desde terça-feira (11), com encerramento previsto para esta quinta-feira (13). O evento é realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e governo macaense. A presidente da Petrobras, Magda Chambriand (também, vice-presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan) participou de forma remota.