Campos – As ações contra o Aedes aegypti estão intensificadas em Campos dos Goytacazes (RJ), por iniciativa do governo municipal. Além dos mutirões e das visitas permanentes dos agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) às residências, o órgão está coordenando um “Faxinão da Dengue” nos bairros.
A investida faz parte do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), teve início em fevereiro deste ano; conta com a participação dos Agente de Combate às Endemias (ACE) e de soldados da 2ª Companhia de Infantaria (Exército) do município. Nessa quinta-feira (25) os bairros contemplados foram Nova Brasília.
De acordo com o CCZ, foram eliminados 60 focos do Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela urbana), tendo sido vistoriados 5.662 imóveis e 66 terrenos baldios, dos quais 1.503 precisaram ser tratados com larvicida. Também, foram recolhidos 111 pneus e 154 sacos de lixo contendo inservíveis; além de instalações de telas em caixas d’água.
Ao todo, foram desenvolvidas 19 ações, definidas como implementação para enfrentamento do aumento dos casos de arboviroses no município, cujo pico para dengue foi entre fevereiro e abril. O coordenador do PMCV, Claudemir Barcelos, informa que está definida uma pausa.
“Vamos dar uma pausa no ‘Faxinão da Dengue’, pois iremos iniciar o terceiro LIRAa (Levantamento de índice Rápido para Aedes aegypti) deste ano”, explica Barcelos explicando que nesse período não pode ter ação paralela: “Depois do LIRAa, vamos reavaliar a retomada dos mutirões e ações complementares”, pontua.
O coordenador contabiliza que, considerando todas as ações do “Faxinão”, foram mais de 42 mil imóveis e 1.900 terrenos baldios vistoriados, sendo eliminados 1.034 focos do mosquito: “Um total de 9.706 imóveis tratados com larvicida, 1.476 pneus e 1.955 saco de lixo com inservíveis recolhidos, além de 94 caixas d’água telas”, conclui.
CASO A CASO - O boletim mais recente, divulgado segunda-feira (22) pela Secretaria Municipal de Saúde, com base em dados monitorados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde, aponta, de primeiro de janeiro a 20 de julho, 17.113 notificações para dengue.
No período foram registrados quatro óbitos por dengue e 1.115 notificações para chikungunya, com um óbito causado pela doença. Mês a mês, casos de dengue: janeiro, 871; fevereiro, 3.413; março, 4.876; abril, 3.524; maio, 2.575; junho, 1.461; julho, 395. Chinkungunya: janeiro, 48; fevereiro, 68; março, 159; abril, 316; maio, 331; junho, 160; julho, 33.
A importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo no início dos sintomas (para evitar o agravamento da doença e possível evolução para óbito) é ressaltado pela Subsecretaria de Vigilância. Outra sugestão é quanto ao uso de repelente para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.
A subsecretaria destaca também a necessidade de medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes aegypti, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa dos imóveis e eliminação dos objetos com água parada são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo devida na fase aquática.
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