O vereador Bruno Pezão foi conduzido para a 134ª Delegacia de Polícia, após ter sido preso Foto Divulgação
Vereador é preso e mais de R$ 1 milhão apreendido em operação Pleito Mortal
Ação do Ministério Público/Polícia Civil aconteceu na manhã desta quarta-feira em Campos
Campos – Um vereador preso, vários mandados sendo cumpridos e grande quantidade de dinheiro apreendida é o resultado, até agora, de operação deflagrada, nesta quarta-feira, (18), pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), em colaboração com a Polícia Civil e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência, em Campos dos Goytacazes (RJ).
As ações são desenvolvidas (com nove mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal) relacionadas ao assassinato do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Morais, ocorrido em julho deste ano. Os mandados foram cumpridos na Câmara de Vereadores e no comitê de campanha de Bruno Pezão, bem como na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), Parque Tamandaré, São Sebastião, Centro, Novo Jóquei e Vivendas do Coqueiro.
A Polícia Civil levantou que mais de R$ 1 milhão foi apreendido na casa de um dos investigados, o vereador Bruno Pezão, candidato à reeleição - R$ 663.646 em espécie e R$ 469.011 em cheques e notas promissórias. Bruno foi preso em flagrante por lavagem de dinheiro.
O MP aponta como investigados o vereador Bruno Fernando Santos de Azevedo (Bruno Pezão); Diego de Souza Maciel, chefe de gabinete; Adriano Piedade da Silva, assessor; Raphael Mendonça dos Santos; Uelinton Barreto Viana, conhecido como Hulk; e José Ricardo Rangel de Oliveira, conhecido como Ricardinho, preso desde 2010;
MOTIVAÇÃO POLÍTICA - De acordo com o GAECO/MPRJ, as investigações indicam que o crime teria motivação política. Aparecido Oliveira de Morais foi morto em 19 de julho, dentro de um carro, com dez disparos de arma de fogo. “A vítima trabalhava como cabo eleitoral de um candidato que não tem o apoio da facção criminosa em atuação na localidade”, pontua.
Para chegar à deflagração da operação Pleito Mortal as autoridades concluíram que a relação entre os investigados tem a ver com episódio em que o vereador realiza comício eleitoral, com a participação do líder do tráfico de drogas local através de videochamada originada do interior de uma prisão.
A vítima trabalhava como cabo eleitoral de um candidato que não tem o apoio da facção criminosa em atuação na localidade. A relação entre os investigados é apontada pelo GAECO/MPRJ em um episódio em que o candidato a vereador realiza um comício eleitoral, com a participação do líder do tráfico de drogas local através de videochamada originada do interior de uma prisão, com projeção de sua imagem em um telão para toda a comunidade.
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