A equipe da Polícia Federal deu uma geral na residência, em Campos, onde houve as apreensões Foto PF/Divulgação

Campos – A Polícia Federal (PF) já identificou um homem que vinha compartilhando material de pornografia infantil em Campos dos Goytacazes, ao norte do Estado do Rio de Janeiro, através de uma rede mundial de computadores. As investigações no município são presididas pelo delegado Paulo Cassiano Junior.
A apuração começou em abril, a partir de levantamento de dados de inteligência e troca de informações fornecidas pelo Federal Bureau of Investigation (FBI), que, segundo Cassiano, interceptou o compartilhamento de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil. Descobriu-se que um brasileiro estava armazenando as mídias e enviando para destinatário localizado em Portugal.
O delegado campista entrou no caso nessa sexta-feira (13), com ação de busca e apreensão domiciliar: “A partir do afastamento do sigilo telemático, descobriu-se que o suspeito era usuário de conexão de internet vinculada a uma residência no Parque Jóquei Clube, em Campos, onde foram apreendidos dois computadores, um HD externo e um aparelho celular”, pontua.
A busca teve a intenção de identificar qual morador do imóvel era o efetivo responsável pela prática do delito e arrecadar elementos de prova que vinculassem o criminoso aos arquivos de pornografia: “O material arrecadado será encaminhado à perícia da Polícia Federal. É possível que a perícia recupere outros materiais compartilhados com outros indivíduos, e isso faça a investigação crescer”, admite Cassiano.
“O inquérito policial nasceu de procedimento feito pelo FBI, a partir da prisão de um pedófilo de nacionalidade portuguesa, o qual se tornou colaborador da polícia”, afirma o delegado realçando: “Foi esse português quem fez a denúncia de vários indivíduos de nacionalidade brasileira envolvidos em redes de compartilhamento de registros pedopornográficos”.
O mandado de busca e apreensão em Campos foi expedido pela 2ª Vara Federal do município. Embora o suspeito tivesse confessado sua participação, não houve flagrante nem prisão no momento da operação; porém, Cassiano não afasta a possibilidade. O envolvido poderá responder pelos crimes de posse e disponibilização de imagens contendo abuso sexual infantil e cumprir até 10 anos de reclusão.