O elenco é composto por multiartistas; a maioria do norte brasileiro e liderada por mulheres PedroFoto Divulgação
"Deu a Louca na Encantaria" retrata mitos amazônicos e a expressão feminina
Peça será montada pelo coletivo Carimbó dos Altos, no próximo sábado, na Praia de Carapeebus
Carapebus - As culturas ancestrais da região norte do Brasil são resguardadas e fomentadas pelo coletivo Carimbó dos Altos, por meio do espetáculo gratuito "Deu a Louca na Encantaria"; será exibido em Carapebus (RJ) no próximo sábado (22), às 16h, na praia de mesmo nome da cidade, no Encontro Nacional de Campismo – Motorhome.
No mesmo dia, às 19h30, também será apresentado em Quissamã, na Praça Mário Moreira da Silva/Centro. O grupo Carimbó dos Altos nasceu em 2018 e é composto por multiartistas; a maioria é oriunda do norte brasileiro e liderada por mulheres.
Uma das fundadoras do projeto, Krishna Naira Azevedo afirma que o objetivo principal da iniciativa é despertar o corpo caboclo e ancestral daqueles que participam de suas intervenções: “Sejam como artistas quanto como o público que acompanha sua arte, no chão ou em pernas de pau; além de promover o empoderamento feminino, a peça faz uma releitura lúdica das lendas amazônicas”.
Compõem o projeto teatro, dança, música popular e erudita, pernas de pau, lendas amazônicas e muita cultura cabocla do norte do Brasil. “A principal lenda encenada é do boto-cor-de-rosa, contada a partir de um olhar feminino e contemporâneo, que traz uma reflexão sobre a maternidade solo, que é a realidade de muitas mulheres”, resume Krishna Naira.
HONRAR TRADIÇÕES - “A missão do espetáculo é honrar as tradições e expressões culturais do norte brasileiro, por meio da mulher ribeirinha”, enfatiza Krishna Naira pontuando: “O elenco é composto por artistas pernaltas, músicos e trovadores no chão, que contam as histórias; a trilha sonora é, em sua maioria, canções autorais compostas especialmente para este espetáculo e algumas músicas de terreiro do tambor de mina”.
A representante do grupo realça que a intenção é que no fluir do espetáculo, por meio da dança, canções e poesia, floresça a semente representada pela cultura cabocla do norte brasileiro, “bem como os saberes das diversas culturas da região, seu modo de fazer-se no mundo, lendas, celebrações, festas, danças, músicas populares e resistências”.
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