“Livros não mudam o mundo. Livros mudam pessoas. Pessoas mudam o mundo”. Que bela é esta sacada do poeta Mário Quintana! Seus poemas são cheios de vivacidade, sagacidade, simplicidade, ironia e ternura.
“Todos que aí estão/Atravancando o meu caminho/Eles passarão.../Eu passarinho!” Genial!

Poetas escrevem poemas ou os poemas se escrevem pelas mãos dos poetas? Estes precisam ter ouvidos internos afiados para receberem os recados que vêm de algum lugar do espaço. Cabe ao poeta lapidar o diamante que lhes chega às mãos.
A arte é uma mistura de inspiração e transpiração. Às vezes uma música inteira baixa como um bálsamo inundando a mente do compositor, que só tem o trabalho de passá-la para a partitura, para seu instrumento ou o gravador.

Nosso maestro soberano Tom Jobim dizia que depois de penetrar nas matas, recebia a inspiração necessária para escrever canções, que rodariam o mundo e se tornariam imortais. O grande Dorival Caymmi afirmava “ver” músicas estampadas no ar. Escritores comentam que personagens de seus livros parecem ter vida própria e podem levar as histórias por caminhos imprevisíveis, inesperados.
Pelo visto, há uma comunicação constante entre os planos visível e invisível da existência, mas esse invisível pode ser percebido por aqueles que têm olhos para enxergar nessa outra dimensão.
Voltando a Mário Quintana, um dia perguntaram-lhe durante um passeio pela Cidade Maravilhosa: - Quintana, qual seu lugar preferido no Rio de Janeiro?
- “O túnel”, respondeu o poeta. Mas por que o túnel?
- Porque no túnel posso descansar de tanta beleza!
Que livros importam para você? Desfrute-os. Aproveite o dia.