Lucas Linhares com a dupla Kauan e MatheusImagem da Internet
O avanço tecnológico das últimas décadas trouxe muitas conquistas para a administração dos negócios.
Diversas tarefas que antes tomavam boa parte da produtividade dos funcionários agora são realizadas de forma prática, rápida e eficiente.
Segundo dados de uma pesquisa recente da Isma-BR, representante local da International Stress Management Association, nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam sintomas de ansiedade e metade sofre de algum nível de depressão.
Para 60%, o trabalho é a causa de se sentirem nervosos, irritados, cansados, tristes ou sem energia.
Os prejuízos não afetam somente aos empregados.
Em tempos de recessão econômica, os líderes se veem sobrecarregados e privados de momentos de descontração e lazer em prol de uma alta performance empresarial, que garanta a competitividade no mercado de trabalho.
Para driblar este cenário e aliviar a tensão, é preciso ser criativo.
Um exemplo, é o empresário Lucas Linhares, de 40 anos, cofundador do Grupo PLL, a maior empresa de reparo de aparelhos celulares da América Latina. Sua carreira foi construída de forma sólida e gradual, mas sempre preocupado em não perder o tempo de qualidade com sua família.
Aliando a sua vasta experiência no mercado de tecnologia à sua preocupação em manter o equilíbrio entre a vida profissional, junto ao irmão, descobriram como inovar ainda mais. Começaram a investir em um novo mercado e agora atuam no ramo da música, dentro do segmento sertanejo, como empresários de uma das maiores duplas sertanejas do Brasil, Matheus e Kauan, além da dupla Felipe e Rodrigo, onde já comemoram atualmente diversas conquistas, dentre elas a marca de 10 milhões de ouvintes no Spotify, se tornando um dos maiores cases de empreendedorismo do mercado.
Lucas conta que: as mudanças na carreira não foram suficientes e por isso decidiu largar sua rotina habitual, em terra firme, para navegar o mundo como veleiro, ao lado de sua mulher, suas três filhas e sua labradora, com o objetivo de vivenciar novas experiências com menos consumismo.
Ele conta que: "O grande objetivo da nossa aventura é construir uma vida mais simples e transmitir isso para as nossas três filhas. Não há escola que pode ensiná-las o que elas poderão aprender nessa experiência de barco, conhecendo novos países, buscando a própria água, gerando sua própria energia, arrumando a vela, estudando sobre navegação, aprendendo a reciclar o lixo e a consumir menos. Como precisamos levar poucas coisas no barco, nos permitiremos a aprender que, juntos, não precisamos de muito para vivermos felizes. Até para gerir meus negócios, pretendo fazer com relatórios diários, reuniões frequentes por vídeo e reuniões de conselho a cada dois meses."
O veleiro, nomeado de "Bora" será a nova casa da família e também a escola das suas filhas durante a viagem.
A longo prazo, Lucas tem a expectativa de transformar sua jornada em uma possível volta ao mundo, mas expõe que se sente super feliz em ter tirado esse sonho do papel, se sentindo entusiasmado pelo aprendizado que ele e sua família levarão pro resto da vida.
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