O Porto do Açu terá um dos maiores hubs de hidrogênio verde do mundoDivulgação
A chamada do governo federal é um passo importante dentro do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), cuja meta é consolidar polos de baixa emissão no Brasil até 2035. Os empreendimentos selecionados poderão concorrer a recursos do fundo internacional Climate Investments Funds – Industry Decarbonization (CIF-ID).
O projeto fluminense é ousado. Numa área de 1 milhão de metros quadrados, o Porto do Açu planeja erguer um cluster capaz de produzir 4 GW de hidrogênio equivalente. O objetivo é desenvolver uma plataforma integrada de produção de hidrogênio renovável e de baixo carbono ligada a unidades de amônia e metanol. O hidrogênio produzido poderá ser exportado ou utilizado em futuros clusters industriais que se estabelecerem no litoral de São João da Barra.
Campos está se consolidando como um dos principais centros de geração de energia solar no Brasil. Um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que o município superou o patamar de 10 mil instalações em residências, pontos comerciais e industriais. É mais do que dez capitais brasileiras. No ranking da Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar, Campos ocupa a segunda posição em potência instalada entre os 92 municípios fluminenses, com 67,3 megawatts (MW), ficando atrás apenas da capital (216 MW). O número tende a crescer: 20 usinas fotovoltaicas planejam se instalar em terras campistas, o que pode praticamente multiplicar por dois a potência instalada. A primeira cidade da América Latina a ter luz elétrica caminha para ser protagonista na transição energética.
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