Campos vem se destacando na geração de empregos no Norte Fluminense, tendo liderado o ranking de junhoCésar Ferreira
Quando o emprego tem nome e sobrenome
Com Campos liderando o ranking de novos empregos formais, o Norte Fluminense avança com força em qualificação, crédito e parcerias com o setor produtivo.
Que bom falar em empregos! Cada trabalhador que ingressa no mercado de trabalho formal significa mais dignidade para uma família. A economia do município onde ele mora, do estado e do país melhoram. E grandes vitórias como essa são mais gratificantes quando têm nomes. É o Tiago, que foi contratado pelo supermercado do bairro. É a Beatriz, que foi aprovada no processo seletivo para uma empresa na área de informática e agora consegue sustentar a filha com dignidade.
Histórias assim se tornaram frequentes em Campos dos Goytacazes, que liderou o ranking do Norte Fluminense em geração de empregos com carteira assinada no mês de junho, segundo dados do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caded) do Ministério do Trabalho e Emprego. O município teve um saldo positivo de 1.952 empregos, com destaque para os setores de serviços (1.660 vagas), agropecuária (1.104), indústria (452) e comércio (41). Macaé aparece na segunda posição, com 635 gerados, seguida por São Francisco de Itabapoana (279), São João da Barra (126), São Fidélis (43), Conceição de Macabu (20), Quissamã (19), Carapebus (13) e Cardoso Moreira (10).
Bons números precisam ser comemorados, sobretudo num mercado global cheio de incertezas, que ameaçam economias. Comemorar, sim; mas trabalhar com a certeza de que o “sarrafo subiu”, exigindo do poder público estratégias que ampliem a oferta de vagas, assim como a preparação da força de trabalho para empregos mais qualificados e apoio ao setor produtivo - que mais do que nunca precisará de financiamento.
Existem excelentes soluções em prática. Nos últimos anos, diversos municípios entenderam como trabalhar de forma mais sintonizada com as empresas. Surgiram os balcões de emprego, que, além de oferecer as vagas que o meio empresarial precisa, promovem cursos de qualificação. São Francisco de Itabapoana se aproxima de instituições de ensino médio e superior para oferecer oportunidades de profissionalização. Macaé — uma das poucas cidades do Brasil a contar com uma faculdade pública municipal — aposta na diversificação econômica, firmando-se como um polo de geração de energia, indo além do petróleo.
De Campos dos Goytacazes, vem uma solução que faz a diferença na vida de muitas empresas: o Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), que oferece cinco linhas de crédito para empreendimentos de todos os portes com juros facilitados. De 2021 até hoje, já foram financiados mais de 1.400 contratos. Graças a esta mão amiga do governo, o empresário Lucas Carvalho abriu duas empresas e contratou cerca de 20 colaboradores. Lucas sonha grande, quer continuar crescendo.
Quando os bons números vêm cercado de boas soluções, temos a certeza de que o estado do Rio está caminhando na direção certa. Ainda há muitos desafios. Mas é assim que se começa: com passos firmes e nomes próprios. Cada carteira assinada é uma conquista que merece ser contada. Que os Tiagos, as Beatrizes e os Lucas inspirem novas histórias. Porque, no fim das contas, desenvolvimento é isso: futuro melhor para todos.

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