Antonia FontenelleReprodução / Instagram
Para quem não lembra, Antônia Fontenelle expôs que Klara Castanho havia entregue para adoção uma criança, expondo sem a autorização da atriz a situação que, dias após o ocorrido, se viu obrigada a revelar que foi vítima de um estupro. A famosa revelou que gerou um bebê após o abuso, explicando que só descobriu a gravidez no final da gestação, optando por dar o bebê à adoção. Na época, a apresentadora teria divulgado o caso antes que a famosa pudesse se manifestar.
Klara, por sua vez, ingressou com uma ação criminal que teve um desfecho desfavorável para a youtuber. Segundo amigos da coluna, além da condenação de 3 anos e 3 meses em regime semiaberto, a juíza teria determinado 60 dias-multa. A magistrada teria afirmado ainda que, além de possuir outras 9 anotações criminais por delitos contra a honra, mesmo não servindo para caracterizar maus antecedentes, “Antônia possui personalidade voltada para prática criminosa o que denota desvio de caráter”.
Fontenelle que ainda pode recorrer da condenação, ainda não se manifestou. É sabido que a reputação da influenciadora como uma figura marcada por polêmicas e embates legais a precede. No entanto, o julgamento promete repercutir por muito tempo, especialmente após as palavras do juíza.
Vale destacar que a youtuber Adriana Kappaz mais conhecida como "Dri Paz" também foi condenada na mesma ação movida por Castanho, mas com uma pena menor de 1 ano e 6 meses em regime aberto. As duas foram processadas por Klara Castanho após comentários difamatórios nas redes sociais. O caso ganhou grande repercussão devido à gravidade das acusações e impacto na vida pessoal da atriz, que possuía 21 anos na época.
Galvão prometeu apelar da decisão, considerando a pena alta para esse tipo de ação. O advogado pretende discutir quais pontos culminaram na pena. Ele afirma ainda que há uma "estratégia de intimidação" destinada à sua cliente.
Segundo ele defendeu, Fontenelle já fez uma retratação completa, para todos os meios de comunicação, assim que Klara Castanho disse ter sido vítima de estupro.
"A sentença está equivocada porque não houve intuito de difamação. Ao contrário dos outros réus, a Antônia sequer mencionou o nome da Klara. Foram os outros que indicaram o nome da atriz, nunca a Antônia. Depois que a história veio a público com todos os contornos dramáticos que sabemos e respeitamos, é lógico que havia interesses jornalísticos. Isso não é difamação.
Klara é uma figura pública que atrai a atenção dos expectadores. Cobrir esse tipo de notícia faz parte da liberdade de imprensa, que não pode ser tolhida nem confundida com a difamação, a pretexto de promover guerras judiciais, intimidação e censura por causa de uma candidatura política.
Existiam três situações de interesse jornalístico na história da Klara que os profissionais de imprensa em geral buscaram informações. Primeiro, a realização do parto em si, que foi uma opção dela manter em sigilo e não abortar. Além da circunstância de se tratar de uma atriz famosa, o interesse em cima dessa questão dos valores pró-vida em si já tinha grande repercussão. Segundo ela, ela ter revelado que foi vítima de estupro.
Claro que isso atrai o interesse midiático e ainda uma questão que causa curiosidade até hoje é se o ofensor foi identificado e denunciado à autoridade policial. Terceiro, o encaminhamento da criança para adoção, que foi mais um assunto gerador de grande comoção. Então, veja que todos os contornos da história levam à conclusão de que o interesse jornalístico no assunto foi legítimo.
E para piorar, Antônia se defendeu de uma acusação, mas a juíza fez uma requalificação jurídica dos fatos, que acabou cerceando o direito de defesa. Isso é bastante problemático e certamente merece ser discutido na apelação, porque a sentença revelou equívocos suficientes para ser totalmente reformada".
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