Estamos na Semana do Meio Ambiente e precisamos cada vez mais refletir sobre o cuidado com a nossa casa comum. Mesmo diante de catástrofes naturais cada vez mais frequentes, de fenômenos climáticos cada dia mais extremos, parece que não queremos enxergar. Somos instrumentos de Deus no cuidado da criação e precisamos agir, cada um a partir da sua cultura, experiência, iniciativas e capacidades.
A crise ecológica impele a uma profunda conversão espiritual, pois, de fato, somos os guardiões da obra de Deus. O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir a todos na busca de um desenvolvimento sustentável e integral.
Quando falamos de meio ambiente, fazemos referência também a uma particular relação entre a natureza e a sociedade que a habita. Isto impede de considerar a natureza como algo separado de nós. Estamos incluídos nela, somos parte dela.
Por isso, precisamos transformar os nossos corações. É a conversão ecológica que São João Paulo II nos incentivava a realizar: a renovação do nosso relacionamento com a criação, de modo que já não a consideremos como objeto a explorar, mas, ao contrário, a guardemos como um sacro dom do Criador.
O nosso egoísmo, a nossa indiferença e os nossos estilos irresponsáveis estão ameaçando o futuro. É urgente que cuidemos da nossa mãe Terra, superemos a tentação do egoísmo que nos faz predadores de recursos, cultivemos o respeito pelos dons da Terra e da criação e inauguremos um estilo de vida sustentável. Temos a oportunidade de preparar um futuro melhor para todos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.