A crise na Segurança Pública será tratada como prioridade pela Câmara dos Deputados na volta aos trabalhos após o Carnaval. A informação foi antecipada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao Informe do Dia, que esbarrou com o político na segunda noite dos desfiles das escolas do Grupo Especial na Sapucaí: "Vamos pautar com prioridade temas que envolvem Segurança Pública e agenda econômica", disse, sem entrar em detalhes.
Tudo indica, porém, que Maia vai propor em Brasília mudanças nas leis para aumentar as penas de quem for condenado por tráfico de drogas e de armas. A ideia já havia sido aventada por ele no ano passado. "Nós vamos aprovar leis mais duras contra o crime, sim, mas a convulsão social que vivemos no Rio não é culpa da legislação. Cadê o policiamento? A sociedade está abandonada", afirmara Maia, em agosto, durante troca de farpas com o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá.
Aliás
O governador Luiz Fernando Pezão (MDB) admitiu, em entrevista ao 'RJTV', da Globo, que houve falha no planejamento de Segurança no Carnaval. Justamente no quesito em que o poder público não poderia ter desafinado. Episódios de violência como arrastões nas praias e saques a supermercados tiraram muito do brilho da festa.
Maia no Sambódromo
Não se pode ter sorte sempre. Maia, que nos últimos anos viu seu poder e influência aumentarem no Congresso, acompanhou o rebaixamento da sua Grande Rio neste Carnaval de 2018. Diz que começou a torcer pela escola de Duque de Caxias por conta de Bruno Mattos, diretor de Operações da RioTur e amigo pessoal do presidente da Câmara.
A 'Arca de Crivella'
O Informe antecipou em novembro que a falta de limpeza em bueiros por parte da prefeitura acarretaria em inundações caso caísse uma chuva mais forte. Deu no que deu.
'Ciclovia Eduardo Paes'
Após mais um desabamento da Ciclovia Tim Maia, desta vez sem vítimas, a bancada do Psol na Câmara Municipal protocolou projeto para mudar o nome para 'Ciclovia Eduardo Paes'. Com a palavra, o vereador Paulo Pinheiro: "Não é justo que um cantor como Tim Maia seja associado a essa ciclovia que já desmoronou duas vezes. Ela tem que ser chamada pelo nome do ex-prefeito, seu criador".
Fim das viagens?
Pinheiro e Leandro Lyra (Novo) protocolaram projeto que, se aprovado pela Casa, obrigará Crivella a ter que pedir autorização à Câmara sempre que quiser deixar o país. Aliás: na abertura do ano legislativo, ontem, não foi sentida apenas a ausência do prefeito, mas a de seu provável líder do governo, Jairinho (MDB).
