Rio - Ex-prefeito e pré-candidato ao governo estadual, Eduardo Paes mantém conversas avançadas com o vice-governador Francisco Dornelles (PP) para trocar o MDB pelo PP. Nas reuniões, que contaram também com a participação do presidente nacional do partido, Ciro Nogueira (PP-PI), foi oferecida a Paes a presidência estadual do partido, hoje a cargo de Dornelles. Mas a oferta agora enfrenta resistência de nomes como o deputado estadual Dionísio Lins e o deputado federal Julio Lopes, que são contra a mudança no comando do PP-RJ.
Resta saber até que ponto a presidência estadual é determinante para que Paes migre para o PP. O ex-prefeito avalia que assumir o posto o ajudaria nas articulações para atrair partidos.
Fatores pró-PP
Por possuir bancada de 45 deputados federais, o PP terá direito ao quarto maior tempo de propaganda na TV. Também pesa na avaliação de Paes o quesito alianças: o PP permitiria união com partidos de centro-esquerda e centro-direita.
Filhos da PUC
Paes e o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, estudaram juntos na PUC-Rio. E desde então mantêm amizade.
De saída
Paes deverá comunicar sua decisão de deixar o MDB ao ministro do Esporte, Leonardo Picciani (MDB-RJ), e ao deputado federal Marco Antônio Cabral (MDB-RJ) neste fim de semana.
Correndo por fora
Com a saída de Anthony Garotinho do PR, o partido entrou na briga e corre por fora para ter Paes.
Inelegível, mas...
Condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Regional Eleitoral, Paes está confiante de que reverterá a questão no Tribunal Superior Eleitoral.
Produtividade
Raio-X na produtividade dos conselheiros do Tribunal de Contas do Município, responsável por fiscalizar as contas da prefeitura. O que mais produz, tendo apenas 16 processos pendentes, é o conselheiro José de Moraes. O mais lento, Ivan Moreira, acumula 452. É como se Moraes produzisse 28 vezes mais que o companheiro de corte.
Picadinho
O vereador Júnior da Lucinha (PSDB) convocou audiência pública, dia 6, para tentar barrar a construção de um supermercado na Estrada do Ar, em Campo Grande. Chamou autoridades da Cet-Rio para argumentar que a rua, que já sofre com engarrafamentos, não comportaria o estabelecimento.
