Por PAULO CAPPELLI

Rio - Dono da quarta maior bancada na Câmara dos Deputados, o PP anunciará esta semana o apoio a Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a Presidência da República. Presidente nacional do partido, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) bateu o martelo após conversar com lideranças da legenda. O movimento é visto com bons olhos pelo PP fluminense.

Flertando com a candidatura ao Planalto desde o início do ano, Maia enfim afirmou, ontem, que o seu partido vai indicá-lo na convenção democrata de quinta-feira. O apoio do PP, que conta com 42 deputados em Brasília, cacifa Maia para futuras articulações.

Meta ambiciosa

O PP aposta que, concluídas as transferências da janela de março, passará a ter a maior bancada da Câmara. O posto hoje pertence ao MDB, que tem 52 deputados.

Tempo é voto

O número de deputados federais define o tempo de propaganda eleitoral a que cada partido tem direito no rádio e na TV. Daí a importância de uma bancada numerosa.

Disfarce?

Pré-candidato ao governo estadual, o deputado Indio da Costa (PSD-RJ) não gostou de ler, no Informe de ontem, que Marcelo Crivella (PRB) quer que o PRB tenha candidato próprio ao Palácio Guanabara. Ao saber que o prefeito cogita o nome de Pedro Fernandes (MDB), a caminho do PRB, reagiu, usando o antigo nome do partido: "Sou e serei integralmente contra o PMDB, que destruiu o estado com negociatas e roubalheira e agora quer participar dessa eleição escondido atrás de outras legendas". Indio diz que sua campanha focará na Segurança Pública. "Minhas alianças serão claramente em torno desse objetivo".

Fator liderança

Ex-secretário de Infraestrutura de Crivella, Indio, que esperava ter o apoio do prefeito ao governo, disse a amigos que não viu com bons olhos a escolha do vereador Jairinho, do MDB, para liderar o governo na Câmara Municipal.

Recado

O presidente Michel Temer (MDB) se reuniu ontem com o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e com o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (MDB). Um dos assuntos foi o comando do MDB fluminense. Segundo aliados, Picciani disse "não haver hipótese nem razão" para mudança na presidência estadual, ocupada pelo deputado federal Marco Antônio Cabral após a prisão preventiva de Jorge Picciani na Lava Jato. O ministro falou em "risco de racha" no partido.

Os dois lados

Como a Coluna vem noticiando, Moreira Franco quer o comando do MDB-RJ. Para isso, o braço direito de Temer tenta emplacar o nome de Carlos Alberto Muniz, que foi vice-prefeito de Eduardo Paes. Outra ala, porém, defende que Marco Antônio só deixe a presidência estadual se esta migrar para as mãos de Leonardo.

Com Paes, sem paz

Presidente do PSDB carioca, a vereadora Teresa Bergher é contra a ida de Paes para o partido. "Ele hoje está inelegível. Caso venha e não possa se candidatar, será um desgaste desnecessário". O ex-prefeito, que pretende se lançar ao governo, também flerta com o PP. Já o deputado federal Otavio Leite, presidente do PSDB-RJ, diz que a prioridade é aglutinar apoio à candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência. Há conversas com PP, DEM, PSD, PV e PPS.

 

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