Apoio do PR segue mantido e a escolha do companheiro de chapa de Alckmin voltará a ser discutida pelo Centrão - Divulgação
Apoio do PR segue mantido e a escolha do companheiro de chapa de Alckmin voltará a ser discutida pelo CentrãoDivulgação
Por PAULO CAPPELLI

Há alguns meses, havia dúvida se o PSDB lançaria à Presidência o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ou o prefeito da capital, João Doria. "O tempo ajuda porque vai trazendo as soluções mais naturais. Estou até pensando em alugar uma quitinete no Rio, de tanto que ficarei por aí", disse ao Informe, por telefone, o hoje favoritíssimo Alckmin. Falou ainda sobre o pré-candidato do DEM, Rodrigo Maia, e o correligionário Aécio Neves. Sobre o convite feito a Eduardo Paes (MDB), o tucano bate asas e despista: "Converso com muitos."

O DIA: Há uma descrença da população com partidos tradicionais, políticos tradicionais. Como tentará quebrar essa resistência?

Geraldo Alckmin: Os partidos de fato estão muito fragilizados. Porque quando você tem 35 partidos, você não tem nenhum. Essa é a realidade. Então a população vai votar nas pessoas, em quem ela confiar que tenha a condição de recuperar emprego, renda, de fazer o país avançar.

Rodrigo Maia (DEM), representante de um campo político semelhante ao seu, anunciou a pré-candidatura à Presidência. Isso o prejudica? Tentará fazer com que ele não se candidate e o apoie?

Temos que respeitar os partidos. Quem tiver candidato próprio, disputa, né? Primeiro turno é para isso. O Rodrigo Maia, desta nova geração, é uma ótima liderança. Ele é pré-candidato, e nós respeitamos. Agora, é sempre importante manter uma ponte, diálogo. Olha, tenho uma grande afinidade com o DEM. Tanto que, quando fui governador da outra vez, meu vice foi do DEM, que tem bons quadros e boas propostas.

O senhor recebeu Eduardo Paes (MDB) em São Paulo. Ele é pré-candidato ao Palácio Guanabara. Você o convidou para se filiar ao PSDB? Qual o palanque que gostaria de ter no Rio?

O diálogo com lideranças políticas, seja de qual for o partido, é permanente. Converso permanentemente com a direção do PSDB no Rio, com o Rodrigo Maia, com o Eduardo Paes e muitos outros. É o momento de manter os canais abertos.

O desgaste do Aécio Neves na Lava Jato atrapalha? Ele é ex-presidente do PSDB nacional...

O Aécio não vai ser candidato à Presidência. A população sabe distinguir bem as coisas. Infelizmente tivemos esses episódios. O Aécio já se afastou da presidência do partido e vai se defender. Foi feito o que precisava ser feito.

Por que o senhor quer ser presidente?

Vejo que o Brasil tem tudo para se recuperar. Agricultura de ponta, indústria, setor de serviços, turismo, povo trabalhador. Não podemos continuar com governos tão ruins. Temos que fazer mudanças profundas: modelo político, questão tributária... Sou favorável à Reforma da Previdência. Não é possível o aposentado do INSS ganhar em média R$ 1.100, e o do Poder Executivo ganhar R$ 17 mil. Defendo um regime geral de Previdência Social.

Ficou chateado quando FHC estimulou Luciano Huck a disputar a Presidência?

Não. Conheço o Luciano Huck há muitos anos e até o estimulei a ser pré-candidato.

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